Dr. James Parkinson descreveu a “paralisia agitante” em 1817. Doença de Parkinson, hoje, é distúrbio progressivo com danos em neurônios da dopamina. Pesquisas apontam para fatores genéticos e ambientais como exposição a toxinas
Em 1817, o Dr. James Parkinson descreveu uma condição que ficou conhecida como “paralisia agitante”, um termo que refletia a observação de movimentos involuntários e a rigidez muscular em seis pacientes. Essa enfermidade, hoje reconhecida como doença de Parkinson, representa um distúrbio progressivo do movimento, caracterizado por danos aos neurônios que produzem dopamina no cérebro.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A dopamina é uma substância química crucial para o sistema de recompensa do cérebro, desempenhando um papel fundamental na motivação, funções executivas como atenção e tomada de decisão, movimento e regulação emocional. A crescente prevalência da doença, com projeções de ultrapassar 25 milhões de pessoas até 2050, destaca a necessidade de uma compreensão mais profunda de suas causas e possíveis estratégias de prevenção.
A pesquisa sobre a doença de Parkinson evoluiu significativamente desde os primeiros relatos de Parkinson. Cientistas agora reconhecem que a doença não é causada por uma única causa, mas sim por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Embora 10% a 15% dos casos sejam influenciados por fatores genéticos, a exposição a toxinas ambientais, como pesticidas, produtos químicos presentes na lavagem a seco e desengraxamento de metais, e compostos orgânicos voláteis, emerge como um fator significativo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A exposição a essas substâncias pode prejudicar as mitocôndrias, estruturas celulares responsáveis pela produção de energia, e, consequentemente, danificar os neurônios produtores de dopamina.
Embora não haja cura para a doença de Parkinson, algumas medidas podem ser tomadas para reduzir o risco de desenvolvimento da enfermidade ou retardar sua progressão. A pesquisa do Dr. Michael Okun, um renomado neurologista, oferece insights valiosos.
Ele enfatiza a importância de hábitos de vida saudáveis, como manter-se ativo com exercícios diários, priorizar um sono de qualidade e consumir alimentos limpos, lavando frutas e vegetais para remover resíduos de pesticidas. O consumo regular de cafeína também tem sido associado a um menor risco de desenvolver a doença, possivelmente devido à sua capacidade de proteger as células nervosas produtoras de dopamina.
O Dr. Okun, em sua obra “O Plano Parkinson”, destaca a necessidade de uma abordagem holística para a prevenção e tratamento da doença. Ele propõe um conjunto de 25 dicas, incluindo o uso de filtros de água para remover toxinas, a prática de exercícios diários, a manutenção de um sono adequado e a adoção de uma dieta rica em alimentos limpos.
A pesquisa contínua e a colaboração entre cientistas e pacientes são cruciais para avançar na compreensão da doença de Parkinson e desenvolver novas terapias eficazes. A conscientização e a educação sobre a doença são fundamentais para garantir que as pessoas tenham acesso às informações e aos recursos necessários para viverem vidas saudáveis e produtivas.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!