Megaoperação no Rio resulta em 121 mortes, incluindo policiais, e 66 denúncias por tráfico e tortura. Doca, líder do tráfico, é alvo principal.
Uma megaoperação policial no Complexo da Penha e em comunidades da zona oeste do Rio de Janeiro resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais. O principal alvo da operação era Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, um dos principais chefes do tráfico de drogas na região.
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A ação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), também resultou na denúncia de 66 pessoas por associação para o tráfico e tortura.
O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que a operação representou um “baque” na facção criminosa liderada por Doca, e que a captura do traficante é uma questão de tempo. Trinta e quatro mandados de prisão estavam pendentes contra Doca, conforme dados do Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP).
A operação investigava mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores.
Dos 99 corpos identificados, 42 apresentavam mandados de prisão pendentes, 78 tinham histórico criminal relevante (tráfico, homicídio) e 40 eram de outros estados, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo. Nove dos mortos eram chefes do tráfico de drogas, como Russo, DG, FB, PP, Chico Rato, Gringo, Mazola e Fernando Henrique dos Santos, Rodinha.
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O Instituto Médico Legal (IML) está sendo utilizado exclusivamente para a necropsia dos mortos da operação, com o atendimento às famílias ocorrendo em um prédio do Detran. Casos não relacionados à ação policial estão sendo direcionados ao IML de Niterói.
A Defensoria Pública do Rio, com apoio de 40 profissionais, está auxiliando na identificação, obtenção de documentos, solicitação de sepultamento gratuito e regularização de traslados de corpos para outros estados. A deputada Dani Monteiro acompanhou a comitiva federal nas comunidades da Penha e do Alemão, e no IML, onde prestou acolhimento às famílias.
O Ministério Público do Rio de Janeiro está utilizando tecnologia para reconstruir digitalmente os corpos, registrando as lesões externas para auxiliar o trabalho de investigação. A operação expôs um cenário complexo de poder e criminalidade, com Doca apontado como mandante da execução de três médicos em outubro de 2023, e envolvido em diversas outras ações criminosas.
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