Diretor-Geral da OMS denuncia que Israel deve impedir mortes por fome em Gaza

Tedros Adhanom afirma que se trata de uma catástrofe que Israel poderia ter evitado e pode conter a qualquer momento.

05/09/2025 15:28

1 min de leitura

Gaza City (-), 05/09/2025.- Palestinians react as smoke rises from the Mushtaha Tower following an Israeli airstrike in the west of Gaza City, Gaza Strip, 05 September 2025. More than 64,000 Palestinians have been killed in the Gaza Strip since October 2023, according to the Palestinian Ministry of Health, and about 1,200 Israelis have been killed since the launch of an Israeli military campaign in response to a cross-border attack by Hamas on 07 October 2023. EFE/EPA/HAITHAM IMAD
Gaza City (-), 05/09/2025.- Palestinians react as smoke rises fr...

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou a Israel, na sexta-feira (5), que interrompa a “catástrofe” das pessoas que estão morrendo de fome em Gaza, onde pelo menos 370 pessoas perderam a vida, vítimas da desnutrição, desde o início da guerra.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Esta é uma catástrofe que Israel poderia ter evitado e poderia deter a qualquer momento”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus a jornalistas na sede da OMS, em Genebra, enfatizando que “a fome de civis como método de guerra é um crime de guerra e nunca pode ser tolerado”.

O funcionário recordou que a ONU declarou, em 22 de agosto, estado de fome extrema em algumas regiões da Faixa de Gaza. Já Israel afirma que “não há fome” no território palestino e acusou o grupo terrorista Hamas de saquear a ajuda. Segundo Tedros Adhanom, desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em outubro de 2023, “pelo menos 370 pessoas morreram de desnutrição em Gaza, das quais 300 nos últimos dois meses”.

O Ministério da Saúde do Hamas, cujos dados são considerados confiáveis pela ONU, declarou, nesta sexta-feira, que os hospitais da Faixa de Gaza registraram três novas mortes nas últimas 24 horas, elevando o número total de mortos para 373, entre eles 134 crianças. Após proibir, em março, a entrada de ajuda humanitária em Gaza, Israel voltou a autorizá-la em maio, embora as agências humanitárias a considerem muito insuficiente. “As pessoas estão morrendo de fome enquanto os alimentos que poderiam salvá-las estão em caminhões próximos”, lamentou o diretor da OMS, afirmando que “matar os habitantes de Gaza de fome não tornará Israel mais seguro e não facilitará a libertação dos reféns”.

Com informações da AFP

LEIA TAMBÉM:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nícolas Robert publicou.

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):