Diário de Pernambuco: 200 Anos de História e Desafios na Era Digital
Com 200 anos de existência, o Diário de Pernambuco personifica a história do Brasil, atravessando séculos de transformações políticas, sociais e culturais. Fundado em 1825 por Antonino José de Miranda Falcão, o jornal nasceu como uma pequena folha de anúncios, inclusive de venda e fuga de escravos, impressa em uma prensa manual na antiga Rua da Praia, área que mais tarde se tornaria o coração comercial do Recife.
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A fundação coincidiu com um período de tensão política, sentindo os ecos da Confederação do Equador e do movimento nortista, que desafiavam o poder de Dom Pedro I.
A Redação e a Adaptação ao Novo Cenário
Atualmente, a redação do Diário conta com pouco mais de 30 profissionais, um número significativamente menor do que os 140 jornalistas que compartilhavam mesas e fitas de telex na década de 1990. A redução no tamanho da equipe reflete as mudanças no jornalismo, onde a produção de conteúdo se tornou mais ágil e focada em nichos específicos. “Matéria boa é a que você tem e o outro não.
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O que todo mundo tem, a IA entrega em segundos”, afirma Ricardo Novelino, editor-chefe responsável por conduzir o Diário ao bicentenário e manter acesa a chama do “jornalismo raiz“.
A Estratégia para se Destacar na Era Digital
Diante das mudanças no cenário midiático, impulsionadas pela ascensão dos chats e pela popularização dos resumos de inteligência artificial, o Diário de Pernambuco tem adotado uma estratégia focada em conteúdo local e histórias humanas. A equipe investiu em reportagens especiais e no fortalecimento da presença nas redes sociais, buscando se destacar em um ambiente saturado de informações.
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Em 2024, o site do Diário e outras publicações alcançaram uma média de 5 milhões de visualizações por mês, um crescimento de 37% em relação ao ano anterior.
O Legado do Jornalismo Raiz
Apesar dos desafios, o Diário de Pernambuco continua a imprimir diariamente, um feito raro entre jornais regionais. A história do jornal é marcada por sua resiliência, superando crises empresariais, censura, monitoramento e até mesmo ocupações da redação.
O prédio histórico na Praça da Independência, apelidada pelos recifenses de Pracinha do Diário, tornou-se um marco simbólico da liberdade de expressão. A trajetória do jornal é um testemunho da importância do jornalismo raiz, que busca ir além das manchetes e das estatísticas, revelando a complexidade da vida em Pernambuco.
