Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra
A data de 20 de novembro é comemorada no Brasil como Dia Nacional de Zumbi dos Palmares. Essa data marca a memória da resistência negra contra a escravidão e a luta contra a discriminação racial. Zumbi foi um dos principais representantes dessa luta, morrendo em 1695.
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Origem da Comemoração
A data surgiu em 1971, em Porto Alegre, quando um grupo de jovens pesquisava a história de seus antepassados. Esse grupo, conhecido como Grupo Palmares, escolheu homenagear o Quilombo dos Palmares, um símbolo de resistência negra.
O grupo questionava a data do 13 de maio, que celebrava a assinatura da Lei Áurea. Eles argumentavam que essa lei não oferecia suporte adequado para que os ex-escravizados pudessem se integrar à sociedade de forma justa.
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O Quilombo de Palmares
O Quilombo dos Palmares foi o maior quilombo do Brasil. Fundado um século antes, reunia escravizados fugitivos, indígenas, camponeses e marginalizados. O local ficava na Serra da Barriga, na região que hoje pertence ao estado de Alagoas.
Durante o auge da ocupação, na década de 1670, a população de Palmares chegou a cerca de 20 mil pessoas. O quilombo era fortificado e seus moradores utilizavam técnicas de guerrilha para se defender.
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Conflito e Morte de Zumbi
No final do século XVII, bandeirantes paulistas e o governo da Capitania de Pernambuco atacaram Palmares. Uma guerra de vários anos foi travada na Serra da Barriga, resultando na destruição do quilombo e na morte de Zumbi.
Zumbi foi capturado após a delação de um morador de Palmares, que recebeu em troca a liberdade. A morte de Zumbi ocorreu em 1695.
Feriado Nacional
Desde 2011, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é feriado nacional. A data foi declarada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A lei teve origem em um projeto do Senado (PL 3268/21) e foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Em 2024, a data foi comemorada em escala nacional, após já ser feriado em seis estados e em cerca de 1.200 municípios.
A celebração em âmbito nacional é um chamado para que toda a população possa refletir sobre a identidade do Brasil, conforme afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.