Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio: “A conversa pode fazer toda a diferença”, afirma representante do CVV

O Brasil registra, no momento, 42 suicídos diários; a quantidade aumentou em mais de 30% em comparação com 2014.

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(Imagem de reprodução da internet).

O porta-voz do Centro de Valorização da Vida (CVV), Antônio Batista, ressalta a preocupação com o aumento dos casos de suicídio entre adolescentes e jovens no Brasil, apesar das campanhas de conscientização. Ele foi entrevistado no Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, nesta quarta-feira (10), em que se comemora o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

“Acredito que o nosso jovem não está passando por um período de amadurecimento emocional, de amadurecimento mental”, avalia Batista. Segundo ele, “cuidar, se aproximar e conversar com esse jovem pode fazer toda a diferença”, principalmente quando há uma escuta compreensiva.

O CVV disponibiliza apoio emocional gratuito pelo telefone 188, disponível 24 horas por dia em todo o país, além de atendimento via chat e e-mail em cvv.org.br. Para Batista, esses canais virtuais são importantes porque, às vezes, o jovem prefere teclar ou escrever para um voluntário do CVV, do que até falar.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, divulgadas por um representante, o Brasil contabiliza, no momento, 42 suicídos diários, número que aumentou mais de 31% em comparação com 2014, quando a média era de 32 casos diários. “É maior que o crescimento populacional”, comenta. Paralelamente, nos mesmos anos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira cresceu de 202 milhões para 213,4 milhões de habitantes, com um aumento de 5,6%.

Setembro Amarelo e políticas públicas

O Setembro Amarelo, campanha lançada em 2014 e com o CVV como uma das instituições organizadoras, visa combater preconceitos relacionados ao assunto. “Defalamos de prevenção no Setembro Amarelo, de enfatizarmos a importância de buscar auxílio, o que pode fazer toda a diferença”, explica Batista.

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Ele ressalta ainda que o suicídio está diretamente ligado a transtornos mentais não tratados. Por isso, defende a ampliação do acesso a políticas públicas de saúde mental e um olhar social mais atento. “Cuidamos do coração, da diabetes, do câncer de mama, de próstata, e também [precisamos] ter um cuidado, um olhar para a saúde emocional e mental, para a prevenção do suicídio”, defende.

O representante enfatiza que qualquer indivíduo pode procurar auxílio no CVV, sem a necessidade de se identificar. “Quando uma pessoa entra em contato com o CVV, ela não precisa se identificar, pode usar o serviço pelo tempo que julgar necessário e não precisa nem agradecer. O voluntário está lá preparado, treinado para criar esse ambiente onde as pessoas podem ser elas mesmas”, assegura.

Para audir e visualizar.

O jornal Conexão BdF transmite em duas edições, de segunda a sexta-feira: a primeira às 9h e a segunda às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

Fonte por: Brasil de Fato

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