DHS aumenta incentivo financeiro para imigrantes irregulares que deixam os EUA até 2025. Iniciativa busca saídas voluntárias, gerando controvérsia e críticas.
Nas últimas semanas, a política migratória dos Estados Unidos recebeu uma nova alteração, gerando potencial controvérsia. O Departamento de Segurança Interna (DHS) anunciou um aumento no incentivo financeiro oferecido a imigrantes em situação irregular que optarem por deixar o país voluntariamente, até o fim de 2025.
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O valor máximo agora pode chegar a três mil dólares.
A iniciativa inclui o pagamento, além de passagem aérea gratuita de volta ao país de origem, sendo promovida como parte de uma campanha para acelerar saídas voluntárias. Essa elevação no valor, denominada “autodeportação”, pode parecer um detalhe, mas reflete a estratégia do governo federal americano de transformar a partida em alternativa mais atraente à detenção e deportação compulsória.
Em maio, o DHS oferecia um incentivo de mil dólares para quem optasse por deixar voluntariamente os EUA, combinando o valor com assistência de viagem e a promessa de evitar penalidades civis. O aumento para três mil dólares ocorre no momento em que a administração busca resultados visíveis antes do encerramento do ano, enfatizando que a permanência pode levar à localização, prisão e remoção compulsória.
O custo médio de um processo tradicional de prisão, detenção e deportação é estimado em cerca de dezessete mil dólares por pessoa. Portanto, o pagamento de três mil dólares representa uma economia significativa para o governo.
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Convertido para a moeda brasileira, o valor oferecido equivale a aproximadamente dezesseis mil e oitocentos reais, considerando a cotação atual do dólar. Para muitas famílias, especialmente em países de renda média ou baixa, como o Brasil, é um montante relevante.
No entanto, a cifra não considera todas as questões envolvidas. A advogada Hannah Krispin alerta que programas como este podem ser pressão econômica sobre pessoas vulneráveis, que enfrentam poucas opções diante da detenção ou da vida irregular, além de possíveis consequências legais duradouras, como a perda de direitos à reentrada e separações familiares.
Reportagens recentes apontam que, mesmo antes do aumento, houve relatos de pessoas que não receberam o pagamento prometido ou enfrentaram dificuldades burocráticas para acessar os recursos. O debate político busca apresentar números de remoções e saídas como vitórias no controle da imigração, mas críticos afirmam que tais políticas podem mascarar problemas estruturais, como fronteiras complexas, crises humanitárias e um sistema de asilo congestionado.
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