Desigualdade Salarial Persiste em Grandes Empresas
Mulheres ainda recebem, em média, 21,2% menos do que homens em empresas com 100 ou mais funcionários, conforme revelado pelo 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, publicado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
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O estudo examinou um volume significativo de vínculos empregatícios, abrangendo 19,4 milhões de trabalhadores.
A análise, baseada em dados do segundo semestre de 2024 ao primeiro semestre de 2025, identificou que 41,1% dos vínculos eram ocupados por mulheres e 58,9% por homens. A remuneração média das mulheres foi estimada em R$ 3.908,76, enquanto a dos homens atingiu R$ 4.958,43. O estudo detalhou os fatores que as empresas alegavam para justificar essa disparidade salarial.
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Segundo o relatório, os principais motivos apresentados pelas empresas foram o tempo de experiência na organização (78,7%), as metas de produção (64,9%) e o plano de cargos e salários ou carreira (56,4%). Esses fatores foram utilizados para explicar a diferença salarial entre os gêneros.
Durante o período de 2023 a 2025, a proporção de mulheres empregadas aumentou de 40% para 41,1%, representando um crescimento de 7,2 milhões para 8 milhões de trabalhadoras. O governo ressaltou que, se a distribuição dos rendimentos refletisse a participação feminina no mercado de trabalho, a economia brasileira poderia receber um aporte adicional de R$ 92,7 bilhões.
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Adicionalmente, o estudo apontou um aumento de 6,4% no número de empresas que apresentavam uma diferença salarial de até 5% entre homens e mulheres, passando de 16,7 mil para 17,8 mil empresas. Essa tendência demonstra a persistência da desigualdade salarial no mercado de trabalho brasileiro.
