IA transforma dermatologia: softwares analisam pele, mas não substituem médico. Dermatologista Lucas Miranda destaca uso de IA para otimizar rastreamento e auxiliar pacientes
A inteligência artificial (IA) está transformando a área da dermatologia, oferecendo novas ferramentas para avaliação e personalização de cuidados com a pele. O dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destaca que softwares baseados em IA conseguem analisar características como textura, sinais de envelhecimento e coloração da pele, complementando a avaliação clínica tradicional.
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Ele ressalta que, embora não substituam o raciocínio médico, esses recursos otimizam o rastreamento e auxiliam na orientação inicial do paciente.
A IA pode gerar sugestões de rotinas de cuidados com a pele, utilizando dados fornecidos pelo usuário, incluindo idade e imagens faciais. No entanto, o profissional enfatiza que essas combinações não representam uma rotina individualizada. A prescrição de cuidados com a pele exige avaliação médica detalhada, considerando a interação entre ativos, diagnóstico preciso e acompanhamento clínico.
A IA serve como ponto de partida, mas não substitui a conduta dermatológica, que continua sendo essencial.
Através de algoritmos de aprendizado profundo, a IA analisa características visuais da pele, como coloração, textura e distribuição de lesões, para sugerir possíveis classificações, como acne, melasma, rosácea ou sinais de fotoenvelhecimento. É importante ressaltar que esses sistemas dependem da qualidade dos dados com os quais foram treinados e não conseguem considerar nuances clínicas importantes.
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A biomédica Thalita Herek, da MedSystems, reforça a necessidade de critérios importantes na utilização da IA. Ela ressalta que a IA deve utilizar bases científicas atualizadas, respeitar limites de atuação e não realizar diagnósticos médicos.
O principal risco está em soluções sem curadoria técnica, que podem recomendar combinações inadequadas.
Alguns sistemas integram dados adicionais, como localização geográfica, clima, poluição, exposição solar, padrão de sono e hábitos de vida, buscando adaptar sugestões gerais às condições ambientais e comportamentais do usuário. No entanto, essas informações não substituem a análise clínica, pois não consideram aspectos como doenças dermatológicas preexistentes, uso de medicações ou sensibilidades individuais.
A utilização de ferramentas de análise facial com inteligência artificial aplicada ajuda a gerenciar expectativas, permitindo mostrar resultados reais ao longo do tempo e como a pele pode reagir. Isso fortalece a relação entre médico e paciente, promovendo a adesão ao tratamento.
A dermatologista Camila Salazar ressalta a importância de um paciente informado, que entenda a relevância dos cuidados e tratamentos.
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