Deputados aprovam isenção de IR em decisão controversa e populista

Deputados, temendo perda de votos, evitaram confronto direto ao populismo, gerando críticas à falta de coragem.

03/10/2025 13:08

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Deputados aprovam isenção de IR em decisão controversa e populista
(Imagem de reprodução da internet).

Aprovação Surpreendente: Isenção de IR para Baixos Rendas

A Câmara dos Deputados aprovou, de forma inesperada, o projeto do governo, liderado por Arthur Lira, que concede isenção de Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com salários até R$ 5 mil mensais. A redução de impostos é sempre vista com otimismo, especialmente para a população mais vulnerável. No entanto, a isenção, sem uma compensação fiscal adequada, pode ser interpretada como populismo, com consequências futuras para os mais necessitados, como a inflação e o aumento das taxas de juros.

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Controvérsias e Preocupações com a Arrecadação

O governo argumenta que a perda de arrecadação entre os trabalhadores de baixa renda seria compensada pelo aumento de impostos sobre pessoas com rendimentos acima de R$ 50 mil. Contudo, é improvável que o aumento da alíquota adicional progressiva, que pode chegar a 10%, seja suficiente para equilibrar as contas. Isso se deve, em parte, à tendência de indivíduos buscarem formas de evitar o pagamento da alíquota, e também à incerteza do crescimento econômico, que afeta diretamente a arrecadação.

Problemas Adicionais no Projeto de Lei

Além da questão da arrecadação, o projeto de lei apresenta um grave problema ao misturar a tributação da pessoa física com a da empresa, gerando insegurança jurídica e confusão tributária. Essa combinação complexa dificulta o planejamento financeiro e aumenta o risco de erros e interpretações equivocadas, impactando tanto trabalhadores quanto empresas.

Críticas à Aprovação e Defesa de Medidas Alternativas

Deputados, em certa medida, demonstraram medo de perder votos, não enfrentando o populismo inerente à proposta. A defesa de uma isenção de impostos para os mais pobres é válida, mas deve ser acompanhada de cortes de gastos, e não de aumento de impostos. É fundamental buscar soluções que promovam o desenvolvimento econômico sustentável, sem comprometer a estabilidade fiscal.

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