Deputado do PT pede investigação ampliada sobre Rioprevidência e Banco Master. PF analisa risco em investimentos de R$960 milhões do fundo previdenciário
O líder do PT na Câmara dos Deputados, (RJ), apresentou na terça-feira, 18 de novembro de 2025, uma representação à Polícia Federal (PF) solicitando a ampliação das investigações sobre o Banco Master, com foco específico nos investimentos realizados pelo Rioprevidência.
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A solicitação foi feita no mesmo dia em que o Banco Central (BC) estabeleceu um prazo de 120 dias para a liquidação do conglomerado financeiro.
O documento, disponível em PDF (467 kB), detalha a preocupação do deputado com as aplicações do fundo previdenciário do governo do Rio de Janeiro, que destinou R$ 960 milhões em letras financeiras do Banco Master, representando aproximadamente 8% do patrimônio total do Rioprevidência.
Este fundo é responsável pelo pagamento de aposentadorias e pensões de mais de 235 mil servidores públicos estaduais fluminenses.
A representação à PF inclui um pedido para que sejam ouvidos o governador (PL), além de presidentes, ex-presidentes, diretores financeiros e conselheiros do Rioprevidência, bem como representantes do Banco Master envolvidos nas negociações. O documento ressalta que a decisão de alocar recursos vultosos em uma instituição sob investigação, sem justificativas técnicas robustas, pode representar dano ao erário, risco aos beneficiários do sistema previdenciário e possível crime de gestão temerária ou fraudulenta.
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A iniciativa do congressista se baseia em alertas emitidos pelo TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) em outubro deste ano, que identificou riscos nas aplicações do Rioprevidência, classificando a situação como de “concentração crítica” e recomendando “máxima cautela”.
Em 18 de outubro, o Rioprevidência havia defendido as decisões de investimento, afirmando que “o valor efetivamente investido foi de aproximadamente R$ 960 milhões, em Letras Financeiras emitidas pelo Banco Master S.A., e a operação segue regular, adimplente e plenamente enquadrada nos parâmetros legais e prudenciais”.
O fundo previdenciário também justificou a escolha da instituição financeira: “À época dos investimentos, o Banco Master possuía rating ‘A-’ atribuído pela Fitch Ratings, o que o enquadrava como emissor de grau de investimento e baixo risco de crédito”.
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