As votações que determinaram o futuro do mandato da deputada (PL-SP) e a decisão de não cassar o mandato do deputado (Psol-RJ) em 6 meses revelaram uma divisão significativa entre os partidos na Câmara dos Deputados, com tendências marcantes nos partidos de centro, centro-direita e de direita.
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Caso Zambelli
No caso da deputada Zambelli, foram registrados 227 votos a favor de sua possível cassação (30 votos a menos do necessário). Em contrapartida, 170 deputados votaram contra. A deputada se encontra atualmente na Itália e retornará ao Brasil em junho de 2025, após ser condenada pelo STF em dois processos: invasão ao sistema do CNJ e falsidade ideológica, além de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.
Caso Glauber Braga
Na quarta-feira (10.dez), a Câmara analisou a cassação do mandato de Glauber Braga, devido a quebra de decoro. O processo remonta a um episódio ocorrido em abril de 2024, quando Glauber, integrante do MBL, ocupou a Mesa Diretora e se sentou na cadeira do representante de Paraíba.
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O incidente gerou um protesto que envolveu congressistas e jornalistas.
Suspensão em vez de Cassação
A proposta de destaque do Psol para suspender o mandato de Glauber por 6 meses, com 226 votos a favor e 220 contra, refletiu uma estratégia da direita, que percebeu a dificuldade de atingir o número mínimo para cassar o deputado. O total de votos para suspender Glauber foi de 318, com 177 votos de deputados de partidos de centro, centro-direita e de direita.
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Centrão e Pragmatismo
Deputados do Centrão, como Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que também integra o MBL (cujo integrante foi agredido por Glauber), demonstraram um pragmatismo ao defender a suspensão do mandato, argumentando que “a racionalidade política impõe que ou a gente pune com 6 meses, ou a gente perde essa votação”.
