Aumento de 153 mil demissões em massa nos EUA em outubro, impulsionado por IA e crise econômica. Relatório da Challenger aponta 175% de alta em demissões
Em outubro, observou-se um aumento significativo nos anúncios de demissões em massa por parte de empresas nos Estados Unidos. O mercado de trabalho americano tem sido impactado pela crescente influência da inteligência artificial. Segundo um relatório da Challenger, Gray & Christmas, divulgado em 6 de outubro, o número de demissões aumentou em mais de 153 mil, representando um crescimento de 175% em comparação com o mesmo mês do ano anterior – o maior aumento para outubro desde 2003.
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O relatório apontou que os anúncios de demissões ultrapassaram um milhão nos primeiros 10 meses do ano, com um aumento de 65% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa ressaltou que o mercado de trabalho americano está se normalizando após o período de expansão da era da pandemia.
No entanto, a adoção de inteligência artificial, a desaceleração dos gastos do consumidor e das empresas, e o aumento dos custos também foram citados como fatores que pressionam as empresas a reduzir o quadro de funcionários.
Grandes empresas, como Amazon e Target, anunciaram demissões em massa, frequentemente mencionando a inteligência artificial como um fator determinante. Contudo, o aumento nas demissões não se traduz automaticamente em um aumento do desemprego. A avaliação da saúde do mercado de trabalho tem sido dificultada pela paralisação do governo, que se tornou a mais longa da história.
As estatísticas econômicas oficiais, incluindo o relatório de emprego do Departamento do Trabalho, estão suspensas desde o início de outubro.
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A ausência dos relatórios oficiais tem impactado a tomada de decisões por parte de formuladores de políticas econômicas, como os membros do Federal Reserve. Investidores e formuladores de políticas estão recorrendo a dados alternativos, como os dados de folha de pagamento do setor privado divulgados pela ADP, juntamente com o relatório da Challenger, para entender o estado da economia dos EUA.
O presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou a importância dos números do governo, considerados o “padrão ouro” para medir a maior economia do mundo.
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