Delegada Priscila Amoedo investiga violência doméstica de Lucas Abud contra Fabiana Gordilho. Conflito de interesses com advogado Nestor Távora surge na complexa investigação de 2025. Suspeita de premeditação e manipulação de provas geram questionamentos sobre a imparcialidade da investigação
A delegada da Polícia Civil do Estado da Bahia, Priscila Amoedo Luedy, retomou uma investigação de violência doméstica envolvendo Lucas Abud e Fabiana Gordilho, cinco anos após o alegado fato. A complexidade do caso reside em um potencial conflito de interesses, dado o envolvimento do advogado Nestor Távora, que representa a empresária Gordilho e, anteriormente, defendia a delegada Amoedo em uma disputa judicial para a nomeação ao cargo de delegada.
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O caso se desenrola em um contexto de suspeitas e questionamentos sobre a imparcialidade da investigação.
Fabiana Gordilho relata ter sido vítima de agressão por Lucas Abud, com quem foi casada no passado. Nestor Távora, o advogado que a representa, foi responsável por defender a delegada Priscila Amoedo em uma ação judicial movida por ela para obter a nomeação ao cargo de delegada, uma disputa que durou mais de uma década, desde que Priscila havia sido reprovada no concurso para a função.
A queixa foi apresentada por Lucas Abud na noite de 14 de junho de 2025, um sábado, quando Priscila estava de plantão.
A principal preocupação reside na possibilidade de que a escolha do momento e do local da investigação, coincidindo com o plantão da delegada e com o período de tempo desde o alegado fato, sugiram uma premeditação. A defesa de Lucas Abud argumenta que a situação é incompatível, considerando o histórico de atuação de Nestor Távora como advogado da delegada.
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O advogado também alega que a investigação pode ter sido motivada por interesses pessoais, em vez de uma busca imparcial pela verdade.
Lucas Abud solicitou à Justiça a nulidade de todos os atos praticados pela delegada e o deslocamento da investigação para outro órgão da secretaria de segurança pública. Ele também apresentou uma representação contra Priscila Amoedo à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), acusando os advogados de Fabiana Gordilho de terem violado o Código de Ética e Disciplina da OAB, em especial os artigos que estabelecem que os profissionais devem atuar com discrição e prudência e de forma compatível com os princípios da moral individual, social e profissional.
A defesa de Lucas Abud aponta para a falsificação de provas e a manipulação de informações por parte dos advogados de Fabiana Gordilho. Eles apresentam evidências de que as fotos e documentos médicos que supostamente comprovavam as agressões não se relacionavam com o caso, e que as datas apresentadas eram posteriores ao divórcio.
Além disso, a defesa de Abud demonstra que a empresa apresentou um registro eletrônico (I-94) emitido pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (U.S. Customs and Border Protection) [dos EUA], contendo informações sobre sua entrada e saída dos Estados Unidos, que comprovavam sua ausência no local e período alegados para a ocorrência da violência.
A Polícia Civil da Bahia informa que o recebimento de notícia-crime e o encaminhamento de pedidos de medidas protetivas constituem atos vinculados, decorrentes de dever legal da autoridade policial, não havendo discricionariedade quanto ao acolhimento da representação apresentada.
Esclarece que a concessão ou não de medidas protetivas é de competência exclusiva do Poder Judiciário. A Polícia Civil reafirma seu compromisso com a legalidade, a impessoalidade e a estrita observância do devido processo legal.
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