A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou nesta terça-feira, 11, que a economia do país permanece estável, apesar da presença de unidades militares americanas no mar do Caribe. A ministra de Hidrocarbonetos ressaltou que a ação representa uma pressão que nenhum país consegue suportar, mas não impactou os indicadores econômicos locais.
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Rodríguez enfatizou que a economia venezuelana continua em crescimento, mesmo diante das “ameaças permanentes” mencionadas. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) projeta que a Venezuela liderará o crescimento na região em 2025, com uma estimativa de alta de 6%.
Dados do Banco Central da Venezuela (BCV) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 8,71% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024.
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Aumento da Arrecadação Tributária
Adicionalmente, a arrecadação tributária do setor não petrolífero aumentou 13,5% entre janeiro e outubro, quando comparada ao mesmo período do ano anterior. A administração governamental busca demonstrar resiliência econômica em meio a desafios.
Resposta da População e Discurso Oficial
Rodríguez afirmou que a população venezuelana demonstrou “não temer” a presença militar norte-americana, reforçando o discurso oficial de defesa da soberania e da integridade territorial do país. O governo considera a operação como parte de uma estratégia para promover uma mudança de regime e controlar os recursos naturais.
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Operação do Porta-Aviões USS Gerald Ford
O USS Gerald Ford, maior porta-aviões do mundo, chegou à região da América Latina nesta terça-feira, 11, conforme informado pela agência Reuters. A embarcação faz parte da área de operações do Comando Sul das Forças Armadas norte-americanas, que abrange o Caribe e os mares ao sul da Argentina.
O Pentágono confirmou a movimentação, sem divulgar a localização exata do navio.
Objetivos da Operação Militar
Segundo o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Sean Parnell, o objetivo da operação é “reforçar a capacidade de detectar, vigiar e desarticular os atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território americano e nossa segurança no hemisfério ocidental”.
Mobilização das Forças Armadas Venezuelanas
No mesmo dia, o governo venezuelano anunciou a mobilização das suas forças armadas, colocando os efetivos em “prontidão operacional completa”, incluindo forças terrestres, navais, aéreas, fluviais, de mísseis e a Milícia Bolivariana. O ministro Vladimir Padrino qualificou os militares americanos como “mercenários”.
Ações Militares e Mortes
Reportagens da imprensa americana indicam que, desde o agravamento da crise entre os dois países, ocorreram pelo menos quatro missões com bombardeiros na costa da Venezuela, além de ataques a embarcações atribuídos a redes de tráfico de drogas, resultando em 75 mortes desde setembro.
