Banco Central divulga que déficit nominal do setor público consolidado atingiu R$ 1,025 trilhão em 12 meses até outubro de 2025.
O déficit nominal do setor público consolidado – que engloba a União, estados, municípios e empresas estatais – atingiu R$ 1,025 trilhão no acumulado de 12 meses até outubro de 2025. Esse saldo negativo apresentou um aumento de 0,7% em relação ao mês anterior, conforme divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (28 de novembro de 2025).
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O rombo anualizado das contas públicas é o maior desde novembro de 2024, quando o déficit foi de R$ 1,111 trilhão. Esse dado considera, além da diferença entre receitas e despesas, os gastos com juros da dívida pública brasileira. A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 15% ao ano desde junho de 2025, um cenário que impacta diretamente o custo da dívida.
Em outubro de 2025, o setor público consolidado destinou R$ 113,9 bilhões para o pagamento de juros da dívida pública. Esse valor superou o registrado no mesmo mês de 2024, quando o montante foi de R$ 111,6 bilhões. No acumulado de 12 meses, a despesa com juros atingiu R$ 987,2 bilhões, um recorde na série histórica.
O Brasil destinou 7,88% do Produto Interno Bruto (PIB) para o pagamento de juros da dívida pública. Em comparação, um ano antes, em outubro de 2024, essa proporção era de 7,48%. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) aumentou 0,6 ponto percentual, atingindo 78,6% do PIB.
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Em valores nominais, a dívida subiu de R$ 9,7 trilhões para R$ 9,9 trilhões.
O resultado primário, excluindo os juros da dívida, foi de R$ 37,7 bilhões no acumulado de 12 meses até outubro. Esse indicador demonstra se o governo gastou mais ou menos do que arrecadou, sem considerar os encargos financeiros. Um superávit primário indica que a arrecadação foi suficiente para cobrir as despesas e os investimentos, enquanto um déficit primário aponta para a necessidade de endividamento.
O resultado nominal, que inclui os juros, oferece uma visão mais completa da situação financeira, pois reflete o impacto da política fiscal sobre o nível da dívida pública. Mesmo com um superávit primário, o país pode registrar um déficit nominal se os juros da dívida forem elevados.
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