O setor público brasileiro, que engloba a União, estados, municípios e empresas estatais, apresentou um déficit nominal de R$ 1,027 trilhão no acumulado de 12 meses até novembro de 2025. Este valor representa o maior patamar nominal em termos nominais em um ano, superando o patamar de R$ 1,111 trilhão registrado em novembro de 2024.
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A análise considera não apenas a diferença entre receitas e despesas, mas também os gastos com juros da dívida pública brasileira.
Impacto da Taxa Selic
O saldo negativo, equivalente a 8,13% do Produto Interno Bruto (PIB), é influenciado pela taxa básica de juros, a Selic, que se manteve em 15% ao ano desde junho de 2025. O Banco Central sinalizou essa manutenção para reduzir a inflação, que tem como meta 3%.
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O ambiente de juros altos eleva o custo da dívida pública, aumentando os gastos com juros.
Gastos com Juros da Dívida
Em novembro de 2025, o setor público consolidado investiu R$ 87,2 bilhões em juros da dívida pública. No acumulado de 12 meses, esse valor atingiu R$ 981,9 bilhões. Essa despesa representa 7,77% do PIB.
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Resultado Primário e Dívida Bruta
O resultado primário, que avalia se o governo gastou mais ou menos do que arrecadou sem considerar os juros, foi negativo em R$ 45,5 bilhões, um aumento em relação aos R$ 37,7 bilhões registrados em outubro. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) subiu 0,6 ponto percentual, atingindo 79% do PIB, com um aumento de R$ 10 trilhões em valores nominais.
Conclusão
Apesar do resultado primário negativo, o déficit nominal reflete o impacto total da política fiscal sobre o endividamento do país, considerando os juros da dívida pública. A situação exige atenção e medidas para controlar os gastos e buscar um equilíbrio nas finanças públicas.
