Decisão do Supremo Tribunal analisa o caminho para uma nova fase na democracia brasileira

Deputado brasileiro afirma que decisão do Supremo Corte abre um novo capítulo, mas adverte sobre o avanço da direita por anistia no Congresso.

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(Imagem de reprodução da internet).

A congressista de esquerda Sâmia Bomfim, que em 2024 marca, na segunda-feira (15), o Dia Internacional da Democracia, tem um significado especial após o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e generais militares de alto escalão por tentativa de golpe e outros crimes.

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“É uma data tão importante para todos nós, considerando os recentes eventos históricos e o momento político do Brasil”, declarou Bomfim à Radio BdF.

Ela acredita que a decisão inaugura um novo capítulo na história política do país. “É um ponto de virada para o Brasil. Ter essa mudança é fenomenal e significa que as futuras gerações verão o Brasil sob uma nova perspectiva”, declarou.

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Apesar da tentativa de golpe não se concretizar, Bomfim ressaltou que ela se baseou diretamente nos métodos da ditadura militar, marcados por tortura, perseguição e desaparecimentos forçados. “Bolsonaro nunca negou isso. Deve haver responsabilização e sanções”, argumentou.

Luta contra a anistia

Bomfim criticou veementemente a tentativa de parlamentares ligados a Bolsonaro de aprovar uma anistia para aqueles condenados. “É inaceitável. A coisa mais revoltante é quando apoiadores de Bolsonaro invocam a anistia concedida aos que lutaram contra a ditadura, como se houvesse qualquer comparação entre aqueles que resistiram e esses golpistas de hoje”, declarou, referindo-se à Lei de Anistia de 1979, que permitiu o retorno de exilados políticos e a libertação de presos perseguidos sob a ditadura.

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Ela ressaltou que a mobilização popular será fundamental para impedir que a proposta avance no Congresso. “A maioria dos brasileiros é contra a anistia. Não se trata de uma agenda popular – isso pertence a uma família e a uma facção política”, acrescentou. Uma pesquisa recente da Datafolha, divulgada no domingo (14), mostra que 54% dos brasileiros se opõem à concessão de anistia a Bolsonaro.

Democracia com dimensão social

A congressista também defendeu que o fortalecimento da democracia deve estar ligado ao avanço de políticas sociais e econômicas, como o aumento do limite da isenção do imposto de renda para cerca de US$1.000 por mês, o fim da jornada de trabalho de seis dias com folga de um dia e a tributação de grandes fortunas.

Segundo Bomfim, nos próximos meses se evidenciará o forte contraste entre as forças progressistas e a extrema-direita. “Enquanto um setor faz de tudo para impulsionar a anistia, existe outro setor – onde estamos – que busca benefícios reais para o povo”, declarou ela. “Eles querem anistia; nós queremos mais direitos para o povo.”

Fonte por: Brasil de Fato

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