Decisão de incompetência absoluta implica a invalidade de todas as determinações, afirma Fux em seu voto

O ministro argumentou que o tribunal não possui competência para julgar Bolsonaro e outros sete acusados, contudo, essa posição não interfere no desenvo…

10/09/2025 13:19

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DF - BOLSONARO/STF/JULGAMENTO/FUX/VOTO - POLÍTICA - Luiz Fux  e Flávio Dino (d),  ministros do Supremo Tribunal Federal,  durante   julgamento contra o ex- presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por   tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, em Brasília, na manhã desta   quarta-feira, 10 de setembro de 2025. Luiz Fux pediu a anulação do processo da   trama golpista. Neste quarto dia de análise do caso, ele discorre sobre a   competência da Primeira Turma para julgar o caso. O ministro sustenta que   ocupantes de cargos mais elevados e maior relevância do País deveriam ser julgados   pelo plenário da Suprema Corte.   10/09/2025 - Foto: FáTIMA MEIRA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
DF - BOLSONARO/STF/JULGAMENTO/FUX/VOTO - POLÍTICA - Luiz Fux e ...

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou na quarta-feira (10) pela anulação do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus no julgamento que os envolvem na trama golpista. Em sua manifestação, Fux defendeu a nulidade total do caso por incompetência da Corte, argumentando que os réus, com exceção do deputado Alexandre Ramagem, não possuem foro privilegiado.

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O desembargador declarou que a ação deveria ser julgada em outra instância ou no plenário do STF, e não na Primeira Turma. Ele também ressaltou que a quantidade de informações do processo teria comprometido a defesa e defendeu a anulação da ação contra Ramagem. “Como é sabido, a incompetência absoluta para o julgamento implica a nulidade de todos os atos decisórios praticados”, afirmou.

A decisão do voto não acarreta a anulação imediata do processo, em razão da divergência entre os demais ministros. Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que votaram na terça-feira (9), rejeitaram os argumentos e defenderam a condenação dos réus. O processo está em análise na Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros. A decisão será tomada por maioria simples. Até o momento, o placar registra dois votos pela condenação e um pela nulidade.

Durante sua explicação, Fux também reclamou da complexidade do caso, referindo-se a ele como “tsunami de dados”. Ele afirmou que, assim como a defesa, enfrentou dificuldades diante do grande volume de provas reunidas. Os réus, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), integram o núcleo central da trama golpista e podem responder por até cinco crimes, com penas que podem chegar a quarenta e três anos de prisão.

Fonte por: Jovem Pan

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