Datafolha aponta 91% do Brasil a favor de advertências em embalagens de bebidas alcoólicas, como cigarros. Estudo da ACT Promoção da Saúde revela apoio à regulamentação
Uma pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (30.out.2025), revelou que 91% dos brasileiros manifestam apoio à inclusão de advertências sobre os riscos à saúde nas embalagens de bebidas alcoólicas, similar à prática adotada em produtos como cigarros.
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O levantamento, conduzido com 2.002 participantes com mais de 18 anos em todo o território nacional durante o mês de setembro, foi encomendado pela ACT Promoção da Saúde.
A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, tanto para mais quanto para menos. O estudo investigou a opinião pública em relação a políticas públicas voltadas para produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, incluindo cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados.
Os resultados indicam um amplo apoio à regulamentação do consumo de álcool. 69% dos entrevistados defendem restrições à propaganda de cerveja em televisão, redes sociais e eventos esportivos e culturais. Adicionalmente, 73% acreditam que a publicidade de cerveja sem álcool pode incentivar o consumo da versão alcoólica, atuando como uma forma de contornar regulamentações de comunicação comercial.
No que tange à tributação, 82% dos brasileiros apoiam o aumento de impostos sobre cigarros e produtos de tabaco. 79% também expressam apoio à taxação de bebidas alcoólicas. O estudo também registrou o apoio de 67% à sobretaxa de refrigerantes, 66% ao aumento de impostos sobre bebidas adoçadas e 64% sobre alimentos ultraprocessados.
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Uma parcela significativa dos entrevistados (78%) acredita que as empresas fabricantes de cigarros deveriam compensar o Sistema Único de Saúde (SUS) pelos custos do tratamento de doenças relacionadas ao fumo. Em relação às estratégias de controle do tabagismo, 68% dos brasileiros apoiam a proibição de aditivos de sabor e aroma em cigarros, que aumentam a atratividade do produto para novos consumidores. O consenso (79%) é pela manutenção da proibição dos cigarros eletrônicos, cuja comercialização, importação e propaganda são restritas pela Anvisa desde 2012.
Em relação aos alimentos ultraprocessados, 72% dos entrevistados consideram inadequado a venda desses produtos em cantinas escolares. Adicionalmente, 61% defendem a proibição da publicidade desses alimentos, especialmente quando direcionada ao público infantil.
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