Datafolh aponta 57% avaliam positivamente operação no Rio; 27% discordam. Pesquisa revela opiniões divididas sobre ações do governador e qualidade da execução.
Um novo levantamento realizado pelo Datafolh, divulgado em 1º de novembro de 2025, revela opiniões contrastantes entre os moradores do Rio de Janeiro e da região metropolitana em relação às ações policiais recentes. Os resultados indicam uma avaliação mista, com 57% dos entrevistados considerando a operação de 28 de outubro de 2025 como um “sucesso”, enquanto 27% discordam totalmente e 12% discordam em parte das ações do governador.
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Apenas 3% não se manifestaram sobre o assunto. A pesquisa, conduzida com 626 moradores da capital e região, utilizou metodologia de telefone e foi realizada nas tardes de 30 e 31 de outubro de 2025, com uma margem de erro de 4 pontos percentuais.
A pesquisa também avaliou a qualidade da execução da operação policial. Quase metade dos entrevistados (48%) a classificaram como “muito bem executada”, enquanto 24% a consideraram “mal executada” e 21% a avaliaram como “regular, com falhas”.
A análise da qualidade da operação complementa a avaliação do seu sucesso.
Em relação à natureza dos crimes e à identificação dos envolvidos, 31% dos entrevistados acreditam que todos os indivíduos presos são criminosos. Adicionalmente, 50% consideram que a maioria dos presos são criminosos, enquanto 4% apontam que apenas uma minoria é responsável pelos crimes e 1% afirmam que nenhum indivíduo está envolvido.
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A pesquisa também abordou a controvérsia em torno de frases como “quem morre em operação policial é sempre bandido” e “bandido bom é bandido morto”, gerando opiniões divergentes entre os entrevistados.
A Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que 113 pessoas foram presas durante a operação, incluindo 33 de outros estados, como Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo. Além disso, 10 adolescentes foram presos, e 180 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
A operação resultou na morte de 117 indivíduos, que foram classificados como “narcoterroristas neutralizados”. Até o momento, 99 pessoas foram identificadas, e 42 tinham mandados de prisão pendentes. A investigação revelou que muitos dos presos tinham histórico de crimes graves, como homicídio, tráfico e roubo.
A Polícia Civil identificou que cerca de 40% dos presos não são do Rio de Janeiro, com suspeitos de 8 estados fora da capital fluminense.
Uma análise realizada pelo software Brandwatch sobre a reação digital à operação revelou que 69% das menções ao presidente (PT) tiveram tom desfavorável, 23% foram positivas e 8% neutras, com um potencial de alcance de 510,97 milhões de visualizações.
Uma pesquisa da Paraná Pesquisas, também divulgada na 6ª feira (31.out.2025), indicou que 69,6% dos moradores do Rio dizem ser a favor das operações policiais realizadas na capital fluminense, enquanto 25,8% são contra. Outros 4,6% não souberam responder.
Os resultados do levantamento do Datafolh, juntamente com outras pesquisas, evidenciam a complexidade da percepção pública em relação às operações policiais no Rio de Janeiro. A divisão de opiniões reflete a sensibilidade do tema e a necessidade de uma análise aprofundada dos fatores envolvidos.
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