Intoxicações por Metanol: Alerta e Ações do Ministério da Saúde
A farmacêutica japonesa Daiichi-Sankyo fornecerá 2.500 ampolas de fomepizol para o Brasil, um antídoto essencial em casos de intoxicação por metanol. A empresa, sediada em Tóquio e com atuação em diversas áreas da saúde, como oncologia e cardiologia, tem como objetivo auxiliar no tratamento de emergências.
# Fomepizol: Referência Mundial no Tratamento
O fomepizol é reconhecido internacionalmente como referência no tratamento de envenenamento por metanol. A importação emergencial da substância foi articulada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para atender à crescente demanda.
# Expansão do Estoque Nacional
Além do fomepizol, o Ministério da Saúde adquiriu 12.000 ampolas de etanol farmacêutico, também utilizado como antídoto. O etanol é produzido no Brasil por laboratórios e farmácias de manipulação e reforça o estoque estratégico para hospitais universitários federais. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a aquisição adicional de 12 mil ampolas do etanol, que chegarão na próxima semana.
# Casos de Intoxicação no Brasil
O Brasil registrou 195 casos de intoxicação por metanol até o dia 4 de outubro de 2025. São Paulo lidera o número de casos, com 162 registros, seguido por Pernambuco (11 casos). A ingestão de metanol geralmente ocorre em bebidas alcoólicas adulteradas.
# Recomendações e Medidas de Prevenção
O Ministério da Saúde orienta a notificação imediata de todas as suspeitas de intoxicação por metanol. A ação visa fortalecer a vigilância epidemiológica e garantir uma resposta rápida. A instalação de uma sala de situação, de caráter extraordinário, monitora os casos e permite uma resposta nacional.
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# O que é Metanol?
O metanol, também conhecido como álcool metílico, é uma substância tóxica utilizada na produção de formaldeído, ácido acético e outras matérias-primas. A ingestão, inalação ou contato prolongado com o metanol pode causar náuseas, tonturas, vômitos e depressão do sistema nervoso central.
# Tratamento e Prevenção
O diagnóstico precoce e o tratamento com fomepizol são cruciais para minimizar os danos. A Abno (Associação Brasileira de Neuro-oftalmologia) recomenda a lavagem gástrica e a hemodiálise. A prevenção se baseia na verificação da procedência das bebidas, na desconfiança de preços abaixo do mercado e no consumo de produtos com registro oficial. A fiscalização rigorosa de órgãos governamentais e as análises laboratoriais periódicas são essenciais para garantir a qualidade dos produtos e conscientizar a população.