A cidade de Santa Marta, na Colômbia, sediará neste domingo (9) uma cúpula entre representantes da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe (Celac). O evento, que se estenderá até segunda-feira (10), enfrenta desafios com a ausência de líderes notáveis e cancelamentos de última hora.
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A reunião bilateral é marcada por tensões, em parte devido à pressão do governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente, contra supostas embarcações envolvidas no tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico.
Contexto das Tensões Internacionais
Poucas horas antes do início da cúpula, observadores da Agência France-Presse (AFP) relataram um clima de pouca atividade diplomática na sede do encontro, o hotel Estelar Santamar. O presidente de esquerda Gustavo Petro, anfitrião do evento, já havia denunciado pressões do governo americano contra a cúpula.
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Washington removeu a Colômbia da lista de países aliados na luta contra as drogas e impôs sanções econômicas a Petro, em virtude da percepção de que o governo não está fazendo o suficiente para combater o narcotráfico.
Impacto das Ausências e Críticas
A ausência da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, entre outros, contribui para o cenário de baixa participação. A cientista política colombiana Sandra Borda destaca o “pouco planejamento e muita improvisação” na organização da cúpula por parte da Colômbia como um fator desestimulante.
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O ministro próximo a Petro, atuou como um dos interlocutores regionais mais importantes com a Europa.
Reações e Consequências
A cidade de Santa Marta, um importante destino turístico no Caribe, declarou feriados nos dias 7 e 10 de novembro devido à cúpula. Analistas não preveem acordos significativos como resultado do encontro, que culminará com uma declaração conjunta.
No entanto, o evento pode impulsionar o acordo comercial UE-Mercosul, considerando as divergências entre a Celac e a UE em relação à guerra na Ucrânia.
