Corinthians é alvo de críticas por dívidas com Cuiabá e risco de sanções Fifa. Cristiano Dresch acusa “estelionato esportivo”
A conquista da Copa do Brasil de 2025 pelo Corinthians gerou uma forte reação, com o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, criticando a gestão do clube paulista, classificando a situação como “estelionato esportivo”. O debate central ocorreu no programa Bate-Pronto, da Jovem Pan Esportes.
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A insatisfação de Dresch se baseia na dívida pendente com o Corinthians referente à compra do volante Raniele. O clube do Mato Grosso argumenta que o Timão construiu um elenco competitivo, conquistando títulos, sem cumprir seus compromissos financeiros com clubes credores. “O Corinthians montou um time competitivo sem pagar quem devia, utilizando esses atletas e foi campeão.
Isso compromete a credibilidade das competições”, declarou o dirigente.
O Corinthians deve cerca de R$ 18 milhões ao Cuiabá, e a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF impôs um “transfer ban” (proibição de registro de novos jogadores) sobre o clube, condicionando a liberação a uma “mudança de postura”.
A CNRD exige uma demonstração de mudança de comportamento, considerando que o parcelamento sistemático seguido de novos atrasos não será aceito.
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Mauro Cezar Pereira apoiou a posição de Dresch, enfatizando que a prática de contratar e não pagar gera um desequilíbrio esportivo inaceitável. Ele sugeriu que gestões com problemas financeiros graves deveriam enfrentar punições mais severas, como o rebaixamento, para permitir a reorganização financeira antes de retornar a competições de alto nível.
Mauro Beting classificou a fala de Dresch como “irretocável” do ponto de vista administrativo, destacando que, apesar do mérito dos jogadores e da comissão técnica, a situação financeira do Corinthians, que envolve dívidas de cerca de R$ 3 bilhões, impacta negativamente a gestão.
Bruno Prado e Vitor Boni ressaltaram que o Corinthians está sob constante ameaça de sanções da Fifa e da CNRD, além do caso Raniele, há dívidas com o Santos Laguna e atrasos com outros jogadores como Rodrigo Garro, Matías Rojas e Maycon.
A discussão no Bate-Pronto evidencia a necessidade de um Fair Play Financeiro mais rigoroso no Brasil.
O sucesso imediato do Corinthians pode mascarar uma crise profunda, similar à situação do São Paulo em 2023.
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