A capital paulista enfrenta uma grave crise hídrica, com temperaturas elevadas levando São Paulo a registrar as temperaturas mais altas do ano. Diversos bairros da cidade e da região metropolitana estão sofrendo com interrupções no abastecimento de água.
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Moradores relatam cortes frequentes, com o fornecimento restrito a poucas horas da madrugada.
Aumento do Consumo
A Sabesp atribui a situação ao aumento significativo no consumo de água, impulsionado pelas altas temperaturas. A demanda subiu cerca de 60% na última semana, mesmo com a presença de grande parte da população fora da cidade devido às festas de fim de ano.
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Entre os dias 14 e 20 de dezembro, o consumo médio na Região Metropolitana atingiu 66 mil litros por segundo, elevando-se a 72 mil litros por segundo na véspera do Natal.
Impactos nas Áreas Periféricas
O problema é mais acentuado em áreas periféricas e regiões de maior altitude, onde o abastecimento depende de bombas hidráulicas. Nessas localidades, a água chega com baixa pressão e por curtos períodos. Os moradores relatam dificuldades em atividades cotidianas, como higiene pessoal e funcionamento de pequenos negócios, além de prejuízos financeiros.
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Nível dos Reservatórios
A situação é agravada pelo baixo nível dos reservatórios, o mais baixo em uma década. As represas que abastecem a Grande São Paulo operavam com média de 26,4% da capacidade nesta sexta-feira (26). Os sistemas Alto Tietê e Cantareira apresentavam os cenários mais críticos, com níveis em torno de 20%.
Medidas da Sabesp e Previsões Climáticas
A Sabesp tem adotado a redução da pressão da água durante a madrugada para preservar os reservatórios, uma medida suspensa em áreas periféricas para evitar prejuízos maiores. A companhia orienta a população a economizar água, evitando o uso para fins não essenciais.
A expectativa é de aumento das chuvas a partir da próxima semana, mas o Inmet prevê que o verão no Sudeste seja mais seco do que o normal, mantendo o alerta para a crise hídrica.
