Crise do aluguel globalizada: CEO do GRI Institute, Gustavo Favaron, alerta para “epidemia do aluguel”. Congelamento de aluguéis em Berlim e outros locais causa queda na oferta imobiliária
O acesso à moradia própria se tornou um desafio crescente em diversos países, incluindo o Brasil, gerando uma “epidemia do aluguel“, conforme destaca o CEO Global do GRI Institute, Gustavo Favaron. A alta demanda por imóveis para locação, combinada com a inflação, pressiona o orçamento das famílias, que muitas vezes sofrem para arcar com os custos de moradia.
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A situação é agravada pela escassez de oferta de imóveis disponíveis no mercado.
Algumas cidades implementaram medidas de congelamento de aluguéis, como a lei em Berlim, Alemanha, que derrubou os preços dos aluguéis. No entanto, essa intervenção, embora com boas intenções, pode ter consequências negativas para o mercado imobiliário.
Quando os preços são fixados por um período, a oferta de imóveis tende a diminuir, o que, por sua vez, pode elevar os aluguéis no futuro.
Pesquisas realizadas em diversos países revelam um padrão similar. Em Berlim, o congelamento de aluguéis resultou em uma redução de até 70% na oferta de imóveis. Na Catalunha, na Espanha, o controle de preços levou a uma retração de 20% nos novos contratos de aluguel e um encolhimento de 10% no estoque de moradias.
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Nos Estados Unidos, o limite de reajuste do aluguel impactou em uma queda de 80% nos lançamentos imobiliários.
O congelamento de aluguéis altera a dinâmica do mercado, protegendo inquilinos com contratos existentes, mas dificultando o acesso à moradia para novas famílias. Essa segmentação do mercado agrava a desigualdade no acesso à moradia, especialmente para famílias de baixa renda.
Além disso, proprietários podem reduzir investimentos em manutenção, contribuindo para a deterioração urbana.
Gustavo Favaron defende que a resposta para a crise habitacional está em políticas que estimulem a oferta e a diversidade habitacional. Isso inclui a revisão de zoneamentos urbanos, incentivos para a construção de moradias acessíveis e parcerias público-privadas.
O planejamento urbano e o investimento coordenado entre o setor público e privado são fundamentais para garantir um mercado imobiliário mais equilibrado e com opções de moradia para todos.
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