Crise Diplomática: Ataques da China a Premiã Ministra Japonesa Takaichi

A declaração da primeira-ministra do Japão, Fumio Takaichi (Partido Liberal Democrata), sobre a possibilidade de uma intervenção chinesa em Taiwan, gerou uma forte reação da mídia estatal chinesa. A líder japonesa afirmou que tal movimento concederia ao Japão o direito de se defender como autodefesa, direcionando o ataque contra a China.

Retórica e Críticas da China

Em resposta, a China lançou uma campanha de desinformação, utilizando ilustrações e vídeos para retratar Takaichi como uma figura militarista, com o objetivo de influenciar a opinião pública internacional. A Xinhua, principal agência de notícias do governo chinês, publicou diversas charges, incluindo uma em que Takaichi está de mãos dadas com um fantasma militar, simbolizando o perigo de um conflito.

CCTV e a Crítica

A CCTV (Televisão Central da China) divulgou uma música com a líder japonesa sendo retratada como uma “sabotadora” e “provocadora”, com imagens de chamas e a frase: “brinque com fogo e você selará seu destino”. A emissora também publicou uma reportagem relembrando crimes de guerra do domínio japonês na Península da Coreia.

Contexto e Reunião do G20

A crise se intensificou devido ao encontro do G20 na África do Sul, onde a China e o Japão buscavam alinhar a próxima reunião de líderes. No entanto, as declarações de Takaichi tornaram a realização do evento “impossível”, segundo o Ministério das Relações Exteriores da China.

Impacto Econômico e Tensão Histórica

Em resposta à crise, a China suspendeu a importação de frutos-do-mar japoneses, paralisou a aprovação de novos filmes nipônicos e orientou seus cidadãos a não viajam ao Japão. A situação é agravada pelo peso histórico das relações bilaterais, marcado pela ocupação japonesa na China durante a Segunda Guerra Mundial e os crimes de guerra associados.

Leia também:

China defende cooperação com EUA sobre Taiwan em meio à tensão crescente

Wang Yi reafirma soberania de Taiwan em encontro com Wadephul e rebate Macron

FMI Abre Centro Regional em Xangai com Apoio da China e Economista Wiegand