Na Premier League, uma nova modalidade está se tornando cada vez mais comum: jogadores estão contratando treinadores particulares para sessões individuais. Segundo o jornal The Times, essa prática reflete o desejo de aprimorar habilidades específicas, como finalizações e dribles, que muitas vezes não recebem a devida atenção nos treinos em grupo dos clubes. Essas sessões acontecem em segredo, em parques ou campos amadores, com duração média de 20 minutos a uma hora, geralmente realizadas a cada duas semanas.
Treinadores como Mentores
Além do aspecto técnico, os treinadores particulares atuam como mentores, oferecendo suporte emocional e tático aos jogadores. Eles mantêm contato constante através de aplicativos como o WhatsApp ou reuniões presenciais. Jogadores relatam melhorias significativas em sua versatilidade em campo, mas os clubes observam a situação com cautela, temendo o risco de lesões e sobrecarga física, considerando o ritmo intenso do calendário.
Tensão entre Individualidade e Coletivo
Essa tendência tem inspiração na NBA, onde jogadores possuem equipes pessoais monitoradas pelos clubes, buscando equilibrar o desenvolvimento individual com os objetivos da equipe. Na Premier League, essa prática reflete a ambição dos atletas de manterem sua identidade e qualidades únicas em um futebol cada vez mais influenciado por sistemas táticos e análise de dados.
Reflexão: Individualidade vs. Coletivo
Essa movimentação levanta uma questão importante: qual o limite da busca por individualidade em um esporte coletivo? A prática demonstra a ambição dos jogadores de se destacarem, mas também expõe os desafios de alinhar interesses pessoais com os objetivos do clube.
O Caso do Brasil
Será que essa tendência se popularizará no futebol brasileiro, conhecido por sua criatividade e talento individual? Embora o foco em treinamentos coletivos ainda seja predominante, a busca por destaque em um mercado competitivo pode abrir espaço para treinadores particulares. No entanto, clubes brasileiros podem resistir, preocupados com custos, riscos de lesões e a possível quebra da dinâmica de grupo.