Crânio de 1 milhão de anos muda teoria da evolução humana na China
Fóssil raro na China redefine a história das espécies, indicando origens mais antigas do que se acreditava.

Crânio Desenterrado Revela Nova Perspectiva na Evolução Humana
Um crânio gravemente esmagado, descoberto há décadas na China central, está redefinindo a árvore genealógica humana, de acordo com uma nova análise científica. A peça, que desafiou por muito tempo a classificação, sugere uma linhagem ancestral que se estende muito mais cedo do que se pensava.
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Cientistas reconstruíram digitalmente o fóssil, que se acredita ter 1 milhão de anos, e suas características apontam para uma conexão com o “Homem-Dragão” (Homo longi) e os Denisovanos – uma população enigmática de humanos pré-históricos. Essa descoberta implica que a cisão evolutiva humana pode ter ocorrido muito antes do que se acreditava, com origens que remontam a 1,32 milhão de anos.
A análise, baseada na reconstrução do crânio e em mais de 100 outros fósseis, revelou um quadro radicalmente diferente da evolução humana. Os resultados alteram significativamente a linha do tempo de espécies como o Homo sapiens e o Homo neanderthalensis, com os Denisovanos se mostrando mais próximos de nós do que os Neandertais, que antes eram considerados a espécie-irmã mais próxima do Homo sapiens.
A reconstrução do crânio, que superou séculos de deformação, foi possível graças a técnicas avançadas, como tomografia computadorizada e imagens de luz. A análise do crânio Yunxian 2, um dos dois espécimes parcialmente mineralizados encontrados na região de Yunxian, na província de Hubei, revelou características que o associam ao Homo longi e aos Denisovanos, abrindo novas perspectivas sobre a diversidade da evolução humana.
A descoberta desafia a visão tradicional, baseada em estudos de DNA antigo, de que as três espécies começaram a divergir de um ancestral comum entre 700 mil e 500 mil anos atrás. A análise sugere que as origens do Homo sapiens, dos Denisovanos e dos Neandertais são muito mais antigas, cerca de duas vezes mais antigas, senão mais, colocando as origens de todos esses grupos firmemente na época do Homo erectus.
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A pesquisa também levanta questões sobre onde viveram as populações ancestrais de Homo sapiens, Neandertais e Homo longi: dentro ou fora da África, amplamente considerada o berço da humanidade. A complexidade da evolução humana, como demonstrado pela descoberta do crânio Yunxian 2, ressalta o quanto os cientistas ainda têm a aprender sobre as origens da nossa espécie.