O ministro da Fazenda, Emmanoel Schmidt Rondon, destacou a necessidade de “reinvindicação” dos Correios, respondendo a questionamentos sobre a situação financeira da empresa pública. Haddad afirmou que a intensa concorrência no setor de logística, impulsionada pelo fim do monopólio, representa um ambiente desafiador para os Correios.
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A empresa enfrenta um ônus constitucional de universalização do serviço postal, o que exige uma adaptação estratégica.
Reestruturação e Solução Financeira
Haddad informou que o projeto de reestruturação dos Correios já passa pela décima versão, devido à rigorosa avaliação do Tesouro em busca de uma solução definitiva. O ministro admitiu ter conhecimento da situação financeira da estatal a partir da nova diretoria, liderada por Emmanoel Schmidt Rondon, que assumiu o cargo em 26 de setembro.
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A nova administração realizou uma “radiografia” dos problemas financeiros da empresa.
Compromisso com a Universalização
Haddad enfatizou o compromisso da nova administração com a universalização da atuação dos Correios. Em relação à reinvenção, o ministro explicou que, globalmente, as empresas estimam os custos de universalização que não são cobertos pelas tarifas, agregando valor ao serviço postal por meio de serviços complementares, como previdência e seguros.
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Ele citou a possibilidade de parcerias entre Correios e instituições financeiras, como bancos, para ampliar a capilaridade dos serviços.
Desempenho Financeiro e Aporte Financeiro
Os resultados financeiros dos Correios apresentaram um quadro preocupante. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, a empresa registrou uma perda de quase R$ 3 bilhões, um aumento de mais de três vezes em relação ao mesmo período de 2024 (R$ 2,1 bilhões) e mais que o dobro do rombo do ano anterior.
Diante desse cenário, houve propostas para um aporte financeiro aos Correios, com um valor abaixo de R$ 6 bilhões, ainda em 2025.
Condições para o Aporte
O ministro sinalizou que o aporte poderia ser realizado por meio de uma Medida Provisória (MP) ou Projeto de Lei (PL) do Congresso Nacional, condicionado ao plano de reestruturação da empresa pública. A situação financeira dos Correios e da Eletronuclear são consideradas as estatais que exigem maior atenção.
Desafios na Eletronuclear
Haddad também comentou a situação da Eletronuclear, destacando o desafio histórico da empresa. O ministro informou que apresentará uma “solução definitiva” para a empresa ao presidente Lula.
