Correios interrompem negociações por empréstimo de R$ 20 bilhões com bancos

Correios interrompem negociações de R$ 20 bilhões com bancos por taxa de juros alta. Plano de reestruturação enfrenta desafios financeiros.

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(Imagem de reprodução da internet).

A direção dos Correios interrompeu as negociações com um grupo de bancos para um empréstimo de R$ 20 bilhões, conforme divulgado inicialmente pelo G1 e confirmado pela EXAME. A decisão se deve aos altos custos associados à operação, que a empresa considera crucial para sua liquidez no curto prazo, conforme parte do plano de reestruturação.

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Requisitos do Tesouro Nacional

O Ministério da Fazenda informou à empresa que o Tesouro Nacional não aprovaria o financiamento caso a taxa de juros ultrapassasse 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), a taxa diária aplicada em operações entre bancos. Esse percentual é considerado o teto máximo aceitável para garantias da União.

Taxa de Juros Elevada

A oferta inicial dos bancos previa uma taxa de juros próxima a 136% do CDI, um valor superior ao limite estabelecido pelo Tesouro. Essa diferença representava um obstáculo significativo para a obtenção do financiamento.

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Avaliação das Alternativas

Com a negativa do Tesouro, os Correios estão reavaliando suas opções, embora continuem buscando negociações com os bancos que apresentaram a oferta. O consórcio de crédito é composto por BTG Pactual, Citibank, Banco do Brasil, Safra e ABC Brasil.

Plano de Reestruturação e Desafios Financeiros

A empresa enfrenta desafios financeiros, com um prejuízo acumulado de R$ 6,05 bilhões entre setembro de 2025 e setembro de 2025, quase três vezes o prejuízo de 2024. Sem o plano de reestruturação, as estimativas internas apontam para um rombo de R$ 10 bilhões em 2026 e R$ 23 bilhões em 2027, devido à queda nas receitas, aumento dos custos e à perda de participação no mercado de encomendas.

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Medidas do Plano de Reestruturação

O plano de reestruturação inclui um Programa de Demissão Voluntária (PDV) com a adesão de 10 mil funcionários, a venda de imóveis ociosos com potencial de arrecadação de até R$ 1,5 bilhão e a otimização da rede de atendimento com a redução de até mil pontos deficitários.

Além disso, há previsão de diminuição do déficit do Postal Saúde, o plano de saúde dos funcionários.

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