Correios enfrentam déficit de R$ 23 bilhões com plano de recuperação em crise

Banco Central aponta déficit de R$ 6,3 bilhões em empresas estatais. Correios lideram quadro com necessidade de R$ 20 bilhões para sustentabilidade.

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(Imagem de reprodução da internet).

Déficit das Empresas Estatais Atinge R$ 6,3 Bilhões

O Banco Central (BC) divulgou dados que mostram um déficit acumulado de R$ 6,3 bilhões entre janeiro e novembro nas empresas estatais federais. Esse valor representa o segundo maior da série histórica, iniciado em 2002, ficando atrás apenas do registrado no ano anterior, quando o rombo foi de R$ 6,7 bilhões.

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Os dados indicam que os gastos das empresas superaram a receita gerada durante o período. O déficit acumulado até outubro era de R$ 6,35 bilhões.

Análise do Déficit

A série do BC não inclui Petrobras, Eletrobras nem instituições financeiras públicas. O cálculo considera a necessidade de financiamento das empresas, ou seja, se elas demandam mais recursos do Tesouro Nacional ou se contribuem para os cofres públicos.

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O desempenho negativo é influenciado principalmente pela situação fiscal dos Correios, que estima precisar de até R$ 20 bilhões para recuperar a sustentabilidade até 2027.

Correios e o Plano de Recuperação

Neste ano, a estatal já firmou um empréstimo de R$ 12 bilhões para tentar reverter 12 trimestres consecutivos de prejuízo. Em 2024, o resultado negativo foi superior a R$ 2,5 bilhões. No primeiro semestre de 2025, o prejuízo ultrapassou R$ 4 bilhões e pode chegar a R$ 10 bilhões até dezembro.

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Caso não haja mudanças, o prejuízo pode atingir R$ 23 bilhões em 2026. Atualmente, a empresa enfrenta um déficit estrutural de mais de R$ 4 bilhões anuais devido à obrigação de universalização do serviço postal.

Correios Avaliam Novas Ações

Para reverter o quadro, os Correios anunciaram um plano de recuperação que prevê o fechamento de mil agências, a demissão de 15 mil funcionários e a geração de receita por meio da venda de imóveis e ativos. A estatal está estudando a necessidade de um novo aporte financeiro, mesmo após a contratação de um empréstimo de R$ 12 bilhões.

O plano também deve reavaliar todos os contratos que representam mais de 80% dos custos da estatal. A forma da operação ainda está em análise, podendo ocorrer por meio de novo empréstimo ou aporte da União.

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