Correios Negociam Empréstimo com Taxa de Juros Dentro do Limite

Os Correios conseguiram estabelecer uma negociação para um empréstimo, com uma taxa de juros que se mantém dentro do limite de 120% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), requisito fundamental estabelecido pelo Tesouro Nacional para atuar como avalista na operação, conforme informações confirmadas.

Essa evolução indica que a empresa agora espera a aprovação da proposta de crédito pela União, prevendo-se que isso ocorra nesta semana.

Pool de Bancos Envolvidos na Operação

A operação envolve um conjunto de bancos importantes, incluindo Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander. A participação desses bancos é crucial para a viabilidade da transação, que depende do aval do Tesouro Nacional.

Situação Financeira dos Correios e Plano de Reestruturação

Os Correios enfrentam um prejuízo acumulado que ultrapassa R$ 6 bilhões, registrado no período de janeiro a setembro de 2025. Diante dessa situação financeira delicada, a empresa busca alternativas para reequilibrar suas contas, quitar dívidas e garantir o pagamento dos salários de seus funcionários.

Para alcançar esses objetivos, os Correios desenvolveram um plano de reestruturação, que contempla medidas como o fechamento de agências, a venda de imóveis e a implementação de um programa de demissão voluntária, com potencial para desligar cerca de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027.

Leia também:

Senador Gomes analisa taxação em plataformas de streaming e tecnologia no Brasil

Piero Cipollone detalha plano para lançamento do euro digital em 2029

Crescimento de 13% na Busca por Crédito no Brasil Impulsiona Demanda em Outubro

Possível Aporte do Tesouro Nacional

Outra possibilidade em análise é um aporte direto do Tesouro Nacional, visando cobrir parcialmente o prejuízo da empresa. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que esse apoio financeiro pode ser disponibilizado por meio de um crédito extraordinário ou, caso necessário, por meio de um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN).

A liberação de qualquer apoio financeiro está condicionada à aprovação e implementação do plano de reestruturação da companhia, conforme informado pelo chefe da pasta econômica.