Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 21 de novembro de 2025, foi informado que os Correios aprovaram um plano de reestruturação da empresa. O plano contempla um empréstimo de R$ 20 bilhões, visando garantir a liquidez e viabilizar a transição para um novo modelo operacional.
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A estatal detalhou o plano em um documento PDF (93kB).
Garantia do Tesouro Nacional
Os R$ 20 bilhões a serem captados pelos Correios contarão com garantia do Tesouro Nacional. Isso significa que o governo federal atuará como fiador da operação, oferecendo segurança aos bancos que concederão o crédito.
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Avaliação do Tribunal de Contas
A proposta foi validada pelos conselhos e instâncias de governança da estatal na quarta-feira, 19 de novembro de 2025, e pelo Tribunal de Contas de União (TCU) na quarta-feira, 5 de novembro de 2025. O TCU ainda não se manifestou sobre o processo.
Fases da Reestruturação
A reestruturação será executada em três fases: recuperação financeira, consolidação e crescimento. Nos próximos 12 meses, os recursos serão aplicados em medidas como o Programa de Demissão Voluntária (PDV) e revisão de custos com planos de saúde.
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Outras Iniciativas
A reestruturação também inclui a reestruturação da rede de atendimento, com possível fechamento de até 1.000 pontos deficitários, além da monetização de ativos e venda de imóveis, com potencial de arrecadação de R$ 1,5 bilhão.
Projeções e Compromissos
Segundo a estatal, o plano garantirá a liquidez da empresa durante o redesenho econômico previsto até 2026, projetando redução do déficit nesse ano e retorno à lucratividade em 2027. A empresa reafirma seu compromisso com a universalização dos serviços postais, atualmente responsável por um custo de R$ 5,4 bilhões no primeiro semestre de 2025 e um déficit líquido de R$ 4,5 bilhões.
Capilaridade e Operações Logísticas
A estatal destaca sua capilaridade, permitindo a execução de operações logísticas de grande escala, como a distribuição de livros didáticos, a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio, o transporte de urnas eletrônicas e o atendimento emergencial em desastres, como as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 e o tornado no Paraná em novembro de 2025.
