Lula e governo brasileiro aguardam posicionamento após política venezuelana receber prêmio internacional.
Enquanto o Comitê Norueguês do Nobel declarou María Corina Machado como ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2025, o governo brasileiro, através de ministros e do chefe de estado, não se manifestou publicamente sobre a premiação. A líder da oposição venezuelana foi reconhecida por seu esforço em “tentar manter acesa a chama da democracia venezuelana”, conforme anunciado pelo comitê.
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A reação da direita política brasileira foi imediata e contundente. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), utilizou as redes sociais para criticar a decisão, afirmando que a concessão do prêmio Nobel à venezuelana “deslegitima o regime ditatorial de Maduro”. O parlamentar enfatizou que a premiação deve servir de “exemplo” para aqueles que defendem o atual governo venezuelano.
A senadora e ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o governo Bolsonaro, Tereza Cristina (PP-MS), também reconheceu María Corina como “uma das vozes mais corajosas da América Latina”. A parlamentar destacou que acompanha a trajetória da venezuelana “há anos” e afirmou que ela é “uma mulher que nunca desistiu de lutar por um futuro digno” para o seu povo.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou o X para relembrar uma declaração do presidente Lula nas últimas eleições venezuelanas. “Lula mandou Maria Corina ‘parar de chorar’ quando ela foi proibida de disputar as eleições contra Maduro”, afirmou o parlamentar. Durante as eleições de março de 2024, o presidente foi questionado sobre a inelegibilidade da candidata latino-americana, que pretendia concorrer à presidência. Na ocasião, Lula afirmou que María não devia “ficar chorando” e sim indicar outro candidato, como fez o presidente quando não pôde concorrer em 2018.
O senador Sergio Moro (União-PR) afirmou que “se Maria Corina Machado fosse uma ditadora assassina e corrupta, Lula já a teria parabenizado a essa hora”.
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Em contraste, o deputado esquerdista Glauber Braga (PSOL) ironizou a situação, sugerindo que “Freddie Krugger”, personagem de filmes de terror, poderá receber “o título de presidente de honra do Comitê da Honraria”.
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