Coreia do Norte conclui casco de submarino nuclear em meio à tensão na Península Coreana. A construção é vista como “ato ofensivo” pela Coreia do Sul
A mídia estatal norte-coreana divulgou, nesta quinta-feira (25), imagens da construção de um submarino nuclear, mostrando um casco praticamente concluído. A divulgação ocorre em um contexto de crescente tensão na Península Coreana, impulsionada pelo acelerado programa nuclear militar de Kim Jong-Un e seu aprofundamento da aliança com a Rússia.
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A Coreia do Norte descreve a embarcação como um “submarino estratégico com mísseis guiados” ou “submarino estratégico de ataque nuclear”, com capacidade de 8.700 toneladas, movido a energia nuclear. O líder norte-coreano supervisionou a inspeção do estaleiro, reforçando a importância estratégica que atribui a este projeto para a modernização e o armamento nuclear da marinha do país.
A construção do submarino nuclear é vista como um “ato ofensivo” pela Coreia do Norte, que considera os esforços da Coreia do Sul para adquirir seu próprio submarino nuclear como uma tentativa de expandir seu alcance operacional e capacidades de ataque preventivo.
O presidente sul-coreano Lee Jae Myung tem buscado apoio da Casa Branca para este projeto, enquanto a Coreia do Norte tem intensificado sua aliança com a Rússia, buscando recursos e tecnologia em troca do apoio à guerra na Ucrânia. A situação tem gerado preocupação entre os vizinhos e a comunidade internacional.
Especialistas, como Moon Keun-sik, especialista em submarinos da Universidade Hanyang, em Seul, avaliam que a divulgação do casco praticamente completo sugere que componentes essenciais, incluindo o motor e possivelmente o reator, já estão instalados.
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A possibilidade de que o submarino seja testado no mar dentro de alguns meses tem gerado debates sobre a capacidade da Coreia do Norte de obter recursos e tecnologia para construir embarcações movidas a energia nuclear, especialmente diante das sanções internacionais.
A Coreia do Norte também divulgou informações sobre testes de novos mísseios antiaéreos e a detecção de lançamentos por parte do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, com avaliações das agências de inteligência sul-coreana e americana. A situação na Península Coreana tem se agravado nos últimos anos, com o líder norte-coreano acelerando seu programa nuclear militar e aprofundando a aliança com Moscou, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.
A Coreia do Norte tem rejeitado os apelos de Washington e Seul para retomar negociações para encerrar os programas nucleares e de mísseis, que fracassaram em 2019 após uma cúpula com Trump no 1º mandato do republicano.
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