Copresidentes da Nicarágua, Rosario Murillo e governo venezuelano expressam solidariedade e denunciam agressões externas. Alinhamento regional busca fortalecer laços contra pressões dos EUA
Os copresidentes da Nicarágua, juntamente com Rosario Murillo, expressaram solidariedade ao governo venezuelano. O comunicado formalizou a denúncia de uma política contínua de agressão e tentativas de desestabilização, atribuídas a forças externas.
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Essa manifestação consolida um eixo político já existente na América Latina, composto por governos que adotam um discurso crítico em relação aos Estados Unidos e defendem a soberania nacional frente a sanções, pressões diplomáticas e ações indiretas.
O governo nicaraguense manifestou “profunda gratidão” após receber uma carta que detalhava as ameaças enfrentadas pela Venezuela e outros países da região. Ao elogiar o “compromisso com a paz” do governo venezuelano, a Nicarágua reforça uma narrativa central do chavismo: a de que a crise do país não é resultado exclusivo de fatores internos, mas de uma ofensiva externa liderada por Washington.
O comunicado também resgatou figuras históricas como Simón Bolívar, Hugo Chávez e Augusto César Sandino, buscando enquadrar o atual conflito como parte de uma luta histórica contra o imperialismo.
O documento transcende a retórica diplomática, adotando um tom de denúncia. O governo nicaraguense condenou atos de agressão, ameaças ou uso da força contra a integridade territorial da Venezuela, além de ações classificadas como pirataria, saques e roubo de recursos naturais.
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A declaração mencionou também supostas execuções extrajudiciais, que, segundo o comunicado, seriam ilegais, inclusive sob a legislação dos Estados Unidos. Manágua exigiu o fim imediato de toda agressão que viole a Carta das Nações Unidas e o direito internacional.
Ao reforçar sua posição de alinhamento automático com Caracas em fóruns regionais e multilaterais, a Nicarágua demonstra um apoio que vai além da retórica. Esse alinhamento se traduz em votos, discursos e articulação política conjunta em organismos internacionais.
O comunicado também destaca o contexto geopolítico mais amplo, onde o conflito entre Venezuela e Estados Unidos continua a remodelar alianças regionais, reacendendo discursos da Guerra Fria em um cenário marcado por sanções, disputas energéticas e crescente polarização internacional.
A mensagem finalizou reafirmando o compromisso do governo nicaraguense com o direito dos povos à soberania, independência e dignidade, estendendo essa defesa a toda a América Latina e ao Caribe. O comunicado funciona como mais um capítulo de uma aliança política consolidada, que se fortalece sempre que a pressão dos Estados Unidos sobre Caracas aumenta.
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