Copom pode cortar juros em 2026: cenário econômico e inflação em foco

Copom pode cortar juros em 2026: PIBs e inflação apontam para mudança na Selic. Inflação em queda e cenário externo influenciam decisão do Banco Central.

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(Imagem de reprodução da internet).

A recente expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,1% no terceiro trimestre, após um crescimento ainda menor no período anterior, reacendeu a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) possa iniciar o corte da taxa básica de juros (Selic) em janeiro.

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Essa expectativa se justifica não apenas pela confirmação da desaceleração da economia, mas também pela análise da sua composição.

Consumo e Juros Elevados

O crescimento do consumo das famílias, também em 0,1%, apesar dos bons resultados do mercado de trabalho, com salários em patamar recorde, sugere que as altas taxas de juros já estão impactando o ritmo de gastos. A renda proveniente do trabalho e dos programas sociais não foram suficientes para compensar o efeito dos juros elevados.

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Importações e Demanda Interna

A pequena expansão das importações, de 0,3%, mesmo com a valorização do Real em relação ao dólar, reflete a demanda interna e os investimentos. Essa dinâmica acompanha a evolução da atividade econômica do país.

Inflação em Queda e Ações do Banco Central

Paralelamente aos dados do PIB, a inflação tem apresentado sinais de queda. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu o teto da meta de 4,5% no acumulado de 12 meses, e as projeções do mercado indicam uma variação ainda menor.

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Possível Corte de Juros nos EUA

A possibilidade de um novo corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) na próxima semana pode fortalecer a expectativa de que o Copom também inicie o corte da Selic na primeira reunião de 2026. Juros menores nos EUA tendem a atrair investimentos para outros mercados, beneficiando o Brasil.

Perspectivas para a Selic em 2026

Apesar da expectativa de corte em janeiro, há incertezas sobre a intensidade da queda da Selic ao longo de 2026. As projeções de inflação ainda não indicam uma convergência rápida para a meta de 3%, que é o objetivo do Banco Central.

Fatores Externos e Internos

É importante considerar que o ano de eleições pode levar a um aumento dos gastos públicos, o que pode impactar a inflação. A questão fiscal, incluindo a execução do orçamento e o aumento da dívida pública, também é um fator relevante na política monetária.

Em resumo, diversos fatores influenciam a decisão do Copom sobre a Selic. O Banco Central manterá as rédeas curtas até ter mais segurança quanto à inflação e ao seu caminho para a meta.

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