Copom mantém taxa em 15% e foco muda para comunicação do Banco Central. Economistas alertam para ajuste na fala do BC e expectativa de corte na Selic.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva, conforme o esperado pelo mercado financeiro. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 10, e a principal atenção agora se volta para a forma como o Banco Central (BC) comunicará sua estratégia futura.
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A expectativa é que o BC ajuste sua linguagem para sinalizar o início do ciclo de cortes na taxa Selic, que muitos analistas preveem para o próximo ano. Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú BBA, ressaltou que a eliminação de dois trechos específicos no comunicado de novembro, em comparação com o do ano anterior, seria crucial para que o corte de 0,25 ponto percentual esperado para janeiro se concretize.
Mesquita enfatizou a importância de o Copom remover a frase que indica a possibilidade de “retomar o ciclo de ajuste, caso julgue apropriado” e qualificar o “período bastante prolongado” em que a taxa de juros permanecerá alta. Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, também defendeu que o BC deve deixar claro que o cenário base considera a manutenção de juros elevados.
Cardoso argumentou que o Copom deve manter a referência ao período “bastante prolongado” para evitar que agentes econômicos interpretem que o início dos cortes está previsto para janeiro. A comunicação do BC deve, portanto, reforçar o cenário base de cortes de juros em um momento posterior.
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