O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reconheceu um cenário positivo para a redução das expectativas de inflação. No entanto, a ata do Comitê, divulgada na terça-feira, 16, manteve uma postura firme, sem indicar um início de corte na taxa básica de juros (Selic) em janeiro.

O Comitê continuará monitorando de perto a situação econômica, conforme mencionado na ata.

Riscos e Considerações

Entre os riscos que o Banco Central sinalizou estão a possível resiliência da inflação de serviços, um hiato do produto mais positivo e a conjunção de políticas econômicas externas e internas que poderiam impactar a inflação de forma desfavorável, como uma taxa de câmbio alta.

Além disso, a falta de disciplina fiscal também é vista como um fator que pode elevar a taxa de juros neutra da economia.

Desempenho e Inflação

A manutenção da Selic em patamar elevado, o maior desde 2006, tem contribuído para melhorias nas leituras de inflação, comparadas às projeções iniciais do ano. Houve também uma valorização do câmbio e um comportamento mais controlado das commodities.

Leia também:

Copom mantém Selic em níveis altos, sem corte em janeiro e alerta para riscos

Copom mantém Selic em patamar alto, cautela com inflação em 2027

Copom mantém Selic em patamar alto e não sinaliza corte em janeiro

Isso resultou em uma redução nas inflações de bens industrializados e alimentos, além de uma queda mais moderada na inflação de serviços.

Mercado de Trabalho e Análise

O Comitê observou que a taxa de desemprego permanece em um nível restritivo, com sinais de um possível desaquecimento no mercado de trabalho. O Comitê reconheceu a necessidade de uma análise mais profunda sobre as mudanças estruturais no mercado de trabalho e seus impactos nos indicadores econômicos, para uma melhor interpretação da situação.