O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reconheceu um cenário positivo para a redução das expectativas de inflação. No entanto, a ata do Comitê, divulgada na terça-feira, 16, manteve uma postura firme, sem indicar a possibilidade de corte na taxa básica de juros (Selic) em janeiro.
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A decisão reflete a necessidade de cautela diante da persistência de um patamar elevado na Selic, que atingiu o maior nível desde 2006.
Análise do Comitê e Compromisso com a Meta Inflacionária
A ata detalha que o Copom continuará monitorando de perto a situação econômica. O Comitê não hesitará em elevar novamente a taxa de juros se julgar necessário, demonstrando um compromisso com o objetivo de manter a inflação sob controle e alinhada à meta estabelecida.
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A expectativa para o segundo trimestre de 2027, conforme o Boletim Focus, é de 3,2% para o IPCA.
Fatores que Influenciam a Decisão
Diversos fatores contribuem para a postura conservadora do Copom. A inflação, ainda elevada, é impulsionada principalmente pela demanda, o que exige uma política monetária contracionista. Além disso, o Comitê considera o impacto da política monetária na percepção sobre a sustentabilidade da dívida e no prêmio a termo da curva de juros.
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Riscos Identificados
O Banco Central sinaliza riscos como uma inflação de serviços mais resiliente do que o previsto, além de políticas econômicas externas e internas que possam ter um impacto inflacionário maior. A falta de disciplina fiscal também é vista como um fator de risco, pois pode elevar a taxa de juros neutra da economia.
Mercado de Trabalho e Reformas Estruturais
O Comitê observa que o mercado de trabalho está em patamar apertado, com sinais incipientes de desaquecimento. O Comitê reconhece a necessidade de um debate mais aprofundado sobre as mudanças no mercado de trabalho e o impacto das reformas estruturais e disciplina fiscal.
