Copom mantém Selic em 15% e adia decisões devido à inflação persistente

Copom mantém Selic em 15% em meio a desafios inflacionários. Banco Central adia decisões e avalia cenário de riscos. Fomc também cortou juros nos EUA

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(Imagem de reprodução da internet).

Na quinta-feira, 11 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 15% ao ano. A decisão reflete a persistência de desafios inflacionários, com o mercado de trabalho resiliente e a inflação global e interna ainda acima das metas estabelecidas.

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As expectativas de inflação permanecem desancoradas, dificultando a convergência das projeções para o horizonte relevante.

O Banco Central avalia o cenário de riscos como desfavorável, impulsionado pela inércia dos preços, especialmente no setor de serviços, e pela sensibilidade do câmbio. A situação não apresentou mudanças significativas em relação à reunião de outubro, conforme reiterado no comunicado.

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O comunicado enfatiza a necessidade de uma política monetária contracionista por um período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta, considerando as expectativas desancoradas.

Pontos Chave da Decisão

A política monetária atual, embora eficaz, enfrenta desafios adicionais, como o desaquecimento do mercado de trabalho, o cenário fiscal desorganizado, riscos internacionais e a eleição de 2026. Diante disso, o Copom optou por adiar decisões, com a expectativa de retomar o debate em janeiro, sem comprometer alterações nos juros.

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A decisão de adiar o corte da Selic até a segunda reunião, agendada para março, após o Carnaval, demonstra a cautela do Banco Central. A expectativa é que a política monetária seja ajustada a partir de março de 2027.

Decisão do Fomc

Nos Estados Unidos, o Federal Open Market Committee (Fomc) também cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, elevando a faixa entre 3,50% e 3,75% ao ano. A decisão foi dividida, com 9 votos a favor da manutenção e 3 votos a favor de um corte mais intenso.

Jerome Powell, presidente do banco central americano, descartou novas altas dos juros, o que tranquilizou os investidores e provocou um movimento de alta nas ações americanas e brasileiras.

Indicadores Econômicos

Os dados de vendas no varejo (Out) foram projetados em –0,2%, com o valor anterior em –0,3%. As vendas no varejo (12m) foram projetadas em –0,5%, com o valor anterior em +0,8%.

Os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos Estados Unidos foram projetados em 220 mil, com o valor anterior em 191 mil.

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