Copom Mantém Selic em 15% em Decisão Unânime
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sinalizou, na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. A decisão, tomada por unanimidade, reflete a necessidade de cautela em relação ao cenário econômico interno e externo, visando controlar a inflação.
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O Copom reforçou a importância de uma política monetária “contracionista” por um período prolongado.
Argumentos da Decisão
A decisão do Copom se justifica por dois principais fatores: o cenário externo, marcado por incertezas decorrentes da conjuntura econômica nos Estados Unidos e das tarifas comerciais impostas ao Brasil, e o cenário interno, onde os indicadores econômicos demonstram uma trajetória de moderação, com desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB), mas com resiliência no mercado de trabalho.
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O comunicado detalha a importância de monitorar anúncios relacionados às tarifas comerciais.
Projeções para 2026
Economistas avaliam que a manutenção da Selic em 15% ao ano prepara o terreno para o início do ciclo de cortes apenas em março de 2026. Leonardo Costa, economista, projeta uma redução de 0,50% na taxa em março de 2026. O comunicado do Copom é considerado neutro a ligeiramente “hawkish”, o que pode impactar as expectativas do mercado em relação a cortes mais rápidos na Selic.
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Composição do Copom
O Copom é composto pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e oito diretores da autoridade monetária. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não nomeou nenhum dos diretores que votaram para manter a Selic em 15% em 2025.
Objetivos do Banco Central
O Banco Central tem como objetivo levar a inflação para o centro da meta, que é de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa anualizada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a ficar dentro do intervalo permitido pela meta.
Analistas preveem que a inflação terminará 2025 a 4,4%, 0,1 ponto percentual abaixo do teto da meta. O ministro da Fazenda, Paulo Eduardo Silva, acredita que a taxa permanecerá dentro do patamar permitido em dezembro deste ano.