Selic Manteida em 15% no Último Encontro do Copom em 2025
Em 10 de dezembro de 2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, em sua última reunião do ano. A decisão foi unânime, refletindo a postura do governo Lula, que detém a maioria no Copom desde janeiro de 2025.
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Análise da Decisão e Contexto Econômico
A manutenção da Selic em 15% se alinha com o objetivo do Banco Central de ancorar as expectativas inflacionárias, buscando levar a inflação para o centro da meta de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Essa estratégia visa garantir a estabilidade econômica e a confiança dos agentes econômicos.
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Unanimidade e Mudanças no Copom
A decisão unânime no Copom reflete a influência do governo Lula, que nomeou a maioria dos diretores da autoridade monetária. Desde janeiro de 2025, os diretores indicados pelo presidente Lula têm optado por manter a Selic em 15% ao ano, em consonância com a política econômica do governo.
Impacto das Expectativas e da Inflação
As estimativas de 12 instituições financeiras e consultorias, unânimes na manutenção da Selic em 15%, indicam a confiança do mercado na capacidade do Banco Central de controlar a inflação. A inflação anualizada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está dentro do intervalo permitido pela meta, com as instituições projetando uma inflação de 4,4% para o final de 2025.
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Mudanças nos Diretores do Banco Central
O Copom passou por diversas mudanças nos seus membros. Os mandatos de diretores indicados pelo ex-presidente Bolsonaro, Renato Dias de Brito Gomes e Diogo Abry Guillen, terminaram em 31 de dezembro de 2025. O governo Lula indicou Gabriel Galípolo e Ailton Aquino para ocupar esses espaços, além de preencher outras vagas em janeiro de 2024 com Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira.
Relação entre o Governo e o Banco Central
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tiveram diferentes visões sobre a política monetária. Haddad defendia a necessidade de cortes de juros, argumentando que os juros reais, corrigidos pela inflação, não deveriam ficar próximos de 10% ao ano, enquanto Galípolo mantinha a postura de manter a Selic em 15% ao ano.
