Copom mantém Selic em 15% em decisão cautelosa. Comitê avalia inflação e riscos na economia. Banco Central mantém política monetária contracionista.
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, marcando a terceira decisão consecutiva sem alteração. Essa postura reflete uma análise cuidadosa da situação econômica, considerando a inflação ainda acima da meta e os riscos persistentes no cenário nacional e internacional.
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O Banco Central (BC) enfatizou a importância de manter a política monetária contracionista para garantir a estabilidade de preços, dada a lentidão no processo de desinflação.
A taxa de juros elevada por mais tempo tem efeitos diretos na atividade econômica. O custo de capital aumenta, desestimulando investimentos em setores que dependem de crédito, como a construção civil e alguns segmentos industriais. Além disso, o consumo das famílias tende a diminuir devido ao aumento do custo do crédito e do endividamento, impactando o ritmo de crescimento do país, mesmo com o mercado de trabalho aquecido.
O cenário fiscal é um ponto crucial na decisão do BC. As projeções indicam que a relação Dívida/PIB continuará em patamares elevados, com o mercado projetando um aumento para 79,6% em 2025, 83,7% em 2026 e 87,0% em 2027. Esse desequilíbrio fiscal, com gastos públicos superando a arrecadação, exige que o Banco Central mantenha a Selic elevada para compensar os efeitos inflacionários.
Apesar da Selic alta, a diversificação continua sendo uma estratégia eficaz para proteção patrimonial. Estudos mostram que carteiras diversificadas apresentam menor volatilidade. Títulos pós-fixados atrelados ao CDI ainda são adequados para o curto prazo, enquanto para o longo prazo, ações de empresas sólidas, com boa geração de caixa, podem oferecer ganhos expressivos.
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A decisão do Copom reflete a necessidade de cautela diante da incerteza fiscal e da persistência de riscos. A manutenção da Selic em 15% é um custo a ser suportado até que o cenário fiscal se normalize e a inflação esteja sob controle. O futuro dos investimentos dependerá da evolução do cenário econômico e da implementação de políticas que promovam o crescimento sustentável.
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