Copom analisa cenário político e econômico; projeções positivas para PIB e expectativa de corte na Selic em 2026.
O mercado financeiro tem demonstrado sensibilidade ao ambiente político, impactando diretamente a evolução da Bolsa de Valores e do valor do dólar, além de influenciar as previsões sobre o desempenho da economia. O relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, apresentou um aumento nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) tanto para o presente quanto para o próximo ano.
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Esse otimismo está relacionado aos bons resultados do mercado de trabalho, bem como aos estímulos econômicos implementados pelo governo, incluindo programas de transferência de renda e o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, que podem impulsionar o consumo e, consequentemente, a atividade econômica em 2026.
O Congresso Nacional, apesar das tensões com o governo em diversas áreas, desempenha um papel importante nas discussões sobre o orçamento do próximo ano e na aprovação da Lei de Orçamento Anual (LDO), que, em certa medida, reflete uma postura mais flexível em relação às metas fiscais.
O Congresso garantiu a aprovação de emendas com um cronograma antecipado, impulsionado pelas eleições, pelo aumento do fundo partidário e eleitoral, evitando o contingenciamento de recursos. O governo poderá trabalhar com o piso da meta fiscal como referência para o limite de gastos.
As condições fiscais e a previsão de inflação exercem influência nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à taxa básica de juros. O mercado financeiro antecipa que o início dos cortes na taxa Selic ocorrerá em março do ano seguinte, com uma intensidade menor.
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A expectativa para a taxa, que estava em 12,25% no fechamento de 2026, subiu para 12,25%. É importante ressaltar que previsões de queda na inflação, mesmo que abaixo do teto da meta (4,5%), não garantem uma redução mais intensa na taxa de juros, se não houver confiança na convergência do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o centro da meta.
Após um período de instabilidade, marcado pela pré-candidatura de Flávio Bolsonaro, a abertura do mercado financeiro nesta semana foi de correção. As declarações do senador, que pode desistir da candidatura, e a pouca empolgação do centrão com a possibilidade, contribuíram para a retomada da expectativa de que o governador Tarcísio de Freitas tenha mais chances de disputar a eleição presidencial.
A situação ainda é volátil e incerta, e o mercado financeiro espera cautela por parte do Copom na flexibilização da política monetária.
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