COP30 na Brasil foca em adaptação com urgência diante de tufões no Vietnã e Filipinas. Financiamento de US$310 bilhões é essencial para proteger comunidades vulneráveis
Com a ocorrência de tufões no Sudeste Asiático, como os que atingiram o Vietnã e as Filipinas, e considerando os impactos de furacões como o Melissa na Jamaica e os danos causados pelo supertufão Fung-wong nas Filipinas, a cúpula da COP30 no Brasil se concentra na urgência da adaptação.
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A necessidade de preparar comunidades vulneráveis para os efeitos do aquecimento global e outros extremos climáticos se torna cada vez mais evidente, diante da incapacidade de controlar as emissões de gases de efeito estufa de forma eficaz.
Estimativas apontam que países em desenvolvimento necessitam de até US$310 bilhões por ano até 2035 para se prepararem para os impactos das mudanças climáticas. O financiamento para essa adaptação é um dos principais temas em discussão na COP30.
Bancos de desenvolvimento, como os que canalizaram US$26 bilhões para economias de baixa e média renda no ano passado, continuam a apoiar a necessidade de investimento, enfatizando a importância de proteger vidas, bem-estar e empregos em áreas ameaçadas por inundações, secas ou outros eventos climáticos extremos.
Para impulsionar o financiamento, estão sendo lançados novos instrumentos, como um título de impacto da ONU com o objetivo de arrecadar US$200 milhões até 2026. O fundo, que também trabalha para preencher lacunas nos dados meteorológicos, espera receber doações de países durante a COP30.
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Além disso, a Alemanha e a Espanha se comprometeram a fornecer US$100 milhões para o Fundo de Investimento Climático (CIF), que está financiando projetos para aumentar a resiliência climática nos países em desenvolvimento.
A discussão na COP30 também aborda os custos crescentes dos desastres naturais, como os US$300 milhões estimados pelos danos causados pelo tufão Kalmaegi no Vietnã. Além das tempestades, a adaptação inclui medidas para lidar com enchentes, calor extremo, secas e incêndios florestais.
A busca por soluções envolve desde o financiamento de condicionadores de ar até o mapeamento de terras para melhorar a produtividade agrícola.
Com a crescente vulnerabilidade de 86 milhões de refugiados, deslocados por conflitos e expostos a riscos climáticos, a COP30 busca estabelecer indicadores para acompanhar o progresso e acelerar a implementação de medidas de adaptação. A colaboração entre países e a mobilização de recursos, incluindo o financiamento privado, são cruciais para enfrentar os desafios climáticos e proteger as comunidades mais vulneráveis.
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