COP30 em Belém busca urgência na luta climática com carta aberta à comunidade internacional. Embaixador André Corrêa do Lago lidera iniciativa
A Presidência da COP30 divulgou, neste sábado (8), a nona carta aberta à comunidade internacional, buscando respostas de governos e instituições frente às mudanças climáticas. O documento, assinado pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30, fundamenta-se em relatórios científicos recentes e enfatiza a necessidade de cooperação global, especialmente com a chegada das delegações a Belém.
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A carta define a COP30 como um momento crucial para o regime climático global, solicitando “coragem, cooperação e aceleração” para evitar ultrapassar pontos de inflexão planetários. O texto destaca a proximidade do mundo com uma “zona de perigo”, onde mudanças climáticas abruptas e irreversíveis podem gerar impactos em ecossistemas, economias e instituições.
O desafio reside não apenas em identificar as deficiências, mas em mobilizar forças que impulsionem a mudança. A carta propõe converter déficits de ambição, financiamento e tecnologia em aceleração. A Presidência brasileira propõe uma mudança conceitual: acelerar a implementação como nova medida de ambição climática.
O texto afirma que a resposta global não pode se limitar a metas de descarbonização, necessitando integrar mitigação, adaptação, financiamento, tecnologia e capacitação. A Presidência brasileira já comprometeu US$ 1 bilhão e convida novos parceiros a aderirem.
O bioma amazônico é descrito como um “ecossistema vital à beira de um ponto de inflexão irreversível”, combinando impactos do desmatamento e da elevação das temperaturas globais. O Brasil registra, em dados recentes, o terceiro ano consecutivo de queda no desmatamento, com redução acumulada de 50% desde o início do atual governo.
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A Presidência brasileira propõe um “ecossistema de soluções” em Belém, articulado em seis eixos temáticos: florestas e oceanos, energia, transporte, cidades, finanças e tecnologia. A expectativa é que iniciativas de alto impacto, como a redução rápida de metano e a restauração florestal, sejam implementadas.
A utilização de infraestrutura pública digital, como sistemas de dados e inteligência artificial, é vista como um caminho para acelerar políticas de adaptação e transição energética, especialmente em países em desenvolvimento. A carta destaca o compromisso inabalável com o multilateralismo e o legado do Acordo de Paris.
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