Presidência da COP30 lança “Mutirão de Belém” para acelerar negociações climáticas na Amazônia. Estratégia busca decisões cruciais até quarta-feira (19).
A Presidência da COP30 anunciou uma estratégia para acelerar as discussões e definir medidas cruciais durante o evento, que ocorre pela primeira vez na Amazônia. A iniciativa, denominada “Mutirão de Belém”, visa concluir um primeiro pacote de decisões até quarta-feira (19), dois dias antes do encerramento oficial da conferência.
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O objetivo é demonstrar a capacidade do multilateralismo de gerar resultados antes do prazo final.
O pacote inicial inclui itens como o Objetivo Global de Adaptação (GGA), programas de trabalho sobre transição justa e mitigação, financiamento climático, além de questões relacionadas ao Fundo Verde para o Clima e ao Fundo Global para o Meio Ambiente.
Também estão contemplados assuntos relacionados ao Artigo 13 do Acordo de Paris, que trata dos relatórios de transparência das ações climáticas. A estratégia busca consolidar um avanço significativo nas negociações, com foco na rapidez e na busca por consenso entre os países participantes.
Para viabilizar a força-tarefa, a Presidência da COP30 solicitará autorização à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) para estender o horário de funcionamento da conferência. Cada grupo de discussão determinará o tempo necessário para avançar com o trabalho em andamento.
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O segundo pacote da agenda abordará questões técnicas adicionais, complementando o esforço de conclusão do primeiro pacote até quarta-feira.
Organizações da sociedade civil avaliaram positivamente o anúncio do “mutirão”, expressando esperança em relação ao avanço das negociações. A especialista em política climática do Greenpeace Brasil, Anna Cárcamo, destacou a importância de discutir opções sobre o aumento do financiamento público de países desenvolvidos e o acompanhamento do financiamento climático.
Manuel Pulgar-Vidal, líder global de Clima e Energia do WWF, considerou o anúncio uma evidência encorajadora de progresso, ressaltando a necessidade de uma liderança política decisiva para retomar o caminho rumo ao limite de temperatura de 1,5°C.
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