A conferência climática da ONU, a COP30, em Belém, enfrenta dificuldades para chegar a um acordo nesta sexta-feira (21). Cerca de 30 países expressam críticas ao esboço proposto pela presidência brasileira, que não aborda a questão da saída dos combustíveis fósseis.
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Com incidentes de segurança, incluindo um incêndio no recinto da conferência, as negociações foram interrompidas e milhares de participantes foram evacuados. A presidência brasileira do evento não incluiu a menção aos combustíveis fósseis em um projeto de acordo anterior, que já mencionava a necessidade de abandonar essa fonte de energia.
“Não há um acordo sobre a mesa”, declarou o comissário europeu para o Clima, Wopke Hoekstra. “A situação é fatal, a presidência [brasileira] se recusa a que haja acordo” para um mapa do caminho que leve ao fim da dependência das energias fósseis, resumiu uma fonte da delegação espanhola.
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Reuniões e Desafios
Uma nova reunião de negociação está prevista para as 17h desta sexta-feira, último dia oficial do encontro. As conferências das partes (COPs) sobre mudança climática costumam ultrapassar seus prazos.
O presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, instou à obtenção de um compromisso ou, caso contrário, aqueles que duvidam do multilateralismo “vão ficar absolutamente encantados”.
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“O tempo não pode ser um impedimento para que se faça o debate necessário”, interveio a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Propostas e Ações Futuras
Uma nova reunião de negociação está prevista para as 17h desta sexta-feira, último dia oficial do encontro. As conferências das partes (COPs) sobre mudança climática costumam ultrapassar seus prazos.
O presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, instou à obtenção de um compromisso ou, caso contrário, aqueles que duvidam do multilateralismo “vão ficar absolutamente encantados”.
“O tempo não pode ser um impedimento para que se faça o debate necessário”, interveio a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Ameaças e Imprevistos
Há quase dois anos, na COP28 de Dubai, os países membros da ONU aprovaram um chamado histórico para abandonar progressivamente os combustíveis fósseis, ou seja, o gás, o petróleo e o carvão. Apesar disso, o presidente propôs em Belém dar um passo adiante para iniciar esse processo delicado, apesar da oposição de produtores poderosos, como a Arábia Saudita, e de muitos países emergentes que são consumidores.
Os Estados Unidos, país que é o principal produtor de petróleo do mundo atualmente, sequer estão presentes em Belém.
A ministra colombiana do Ambiente, Irene Vélez, representando cerca de trinta países, anunciou que seu país vai organizar uma conferência internacional para impulsionar o abandono dessa fonte de energia em 28 e 29 de abril do próximo ano em Santa Marta.
Segurança e Vigilância
Durante “as últimas semanas”, controles da Polícia Federal levaram à “identificação de empresas clandestinas realizando vigilância patrimonial e segurança de evento sem autorização”, segundo uma nota oficial. A investigação levou ao “encerramento de duas empresas clandestinas que atuavam de forma irregular em polos” da cúpula da ONU e que utilizavam detectores de metais e rádios de comunicação “indevidamente”.
Esta é a primeira COP realizada na Amazônia. O recinto no chamado Parque da Cidade, construído especialmente para o evento, sofreu, na quinta-feira, um incêndio que danificou parte da zona dos pavilhões nacionais, perto da entrada.
